11/08/2025
Banespianos e familiares denunciam angústia e risco à saúde diante da ameaça de retirada de patrocínio pelo Santander

“Trabalhei por mais de 30 anos confiando que teria uma aposentadoria tranquila. Agora, vivo com medo do futuro.” O desabafo é de João Batista (nome fictício), um dos milhares de aposentados do Banesprev que vivem dias de angústia com a possibilidade de o Santander retirar o patrocínio do fundo de previdência criado para garantir uma complementação vitalícia à aposentadoria dos ex-funcionários do Banespa.
Os relatos foram retirados de redes sociais.
Desde que o banco iniciou as movimentações para encerrar o vínculo com o Banesprev, aposentados e familiares relatam um aumento significativo na ansiedade, depressão e outros problemas de saúde relacionados ao estresse crônico. A insegurança financeira, que paira sobre quem sempre contribuiu com o fundo durante a vida ativa, se tornou uma ameaça real à estabilidade emocional e física dessa população já vulnerável.
Mais fatos que corroboram a violência contra idosos e mostram que o banco espanhol não se intimida a desrespeitar pessoas mais velhas e fragilizadas.
Risco real e imediato
Dona Lúcia Andrade (nome fictíicio) sofre de hipertensão e diabetes. Ela conta que, desde que começou a acompanhar as notícias sobre a tentativa do Santander de romper com o Banesprev, passou a ter dificuldades para dormir. “Comecei a ter crises de pânico. Eu não sei como vou pagar a Cabesp e meus remédios se minha renda diminuir”, diz ela. Casos como o de Lúcia se multiplicam em relatos enviados às entidades de representação dos aposentados. Filhos e netos também se manifestam, denunciando o sofrimento dos pais e avós, que sempre contaram com a estabilidade da complementação para manterem sua dignidade na velhice.
Desmonte de um direito construído com trabalho
Criado como forma de assegurar uma aposentadoria digna aos banespianos, o Banesprev sempre foi resultado da contribuição mútua entre trabalhadores e o patrocinador. A tentativa de retirada de patrocínio pelo Santander representa não apenas uma ruptura desse pacto, mas também o desmonte de um modelo que foi construído com décadas de dedicação ao serviço bancário.
“Meu pai sempre foi extremamente responsável com suas obrigações. Agora, passando chegando aos 70 anos, ele chora de medo de não conseguir mais viver com dignidade”, conta Adriana Silva (nome fictício), filha de um aposentado.
Consequências que vão além do financeiro
Especialistas em saúde pública alertam que, para as pessoas 60+, , a perda de estabilidade e a insegurança podem desencadear sérios efeitos colaterais. “A ameaça de corte de rendimentos em pessoas idosas têm relação direta com o agravamento de doenças cardiovasculares, depressão e perda de autonomia”, explica a geriatra e pesquisadora Marina Lopes. “Estamos falando de um impacto coletivo que pode gerar ainda mais custos ao sistema de saúde.”
Vidas não podem ser decididas com canetadas
As denúncias feitas pelos aposentados e seus familiares revelam o drama silencioso de quem ajudou a construir o patrimônio do Banespa, e, depois da privatização, lucros que representam a maior fatia fora do país de origem – e agora se vê ameaçado por uma postura que despreza o pacto intergeracional. A mobilização contra a retirada de patrocínio cresce a cada semana, com apoio da Afubesp e sindicatos, que continuam pressionando órgãos reguladores como a Previc e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre muitas outras ações.
Os relatos foram retirados de redes sociais.
Desde que o banco iniciou as movimentações para encerrar o vínculo com o Banesprev, aposentados e familiares relatam um aumento significativo na ansiedade, depressão e outros problemas de saúde relacionados ao estresse crônico. A insegurança financeira, que paira sobre quem sempre contribuiu com o fundo durante a vida ativa, se tornou uma ameaça real à estabilidade emocional e física dessa população já vulnerável.
Mais fatos que corroboram a violência contra idosos e mostram que o banco espanhol não se intimida a desrespeitar pessoas mais velhas e fragilizadas.
Risco real e imediato
Dona Lúcia Andrade (nome fictíicio) sofre de hipertensão e diabetes. Ela conta que, desde que começou a acompanhar as notícias sobre a tentativa do Santander de romper com o Banesprev, passou a ter dificuldades para dormir. “Comecei a ter crises de pânico. Eu não sei como vou pagar a Cabesp e meus remédios se minha renda diminuir”, diz ela. Casos como o de Lúcia se multiplicam em relatos enviados às entidades de representação dos aposentados. Filhos e netos também se manifestam, denunciando o sofrimento dos pais e avós, que sempre contaram com a estabilidade da complementação para manterem sua dignidade na velhice.
Desmonte de um direito construído com trabalho
Criado como forma de assegurar uma aposentadoria digna aos banespianos, o Banesprev sempre foi resultado da contribuição mútua entre trabalhadores e o patrocinador. A tentativa de retirada de patrocínio pelo Santander representa não apenas uma ruptura desse pacto, mas também o desmonte de um modelo que foi construído com décadas de dedicação ao serviço bancário.
“Meu pai sempre foi extremamente responsável com suas obrigações. Agora, passando chegando aos 70 anos, ele chora de medo de não conseguir mais viver com dignidade”, conta Adriana Silva (nome fictício), filha de um aposentado.
Consequências que vão além do financeiro
Especialistas em saúde pública alertam que, para as pessoas 60+, , a perda de estabilidade e a insegurança podem desencadear sérios efeitos colaterais. “A ameaça de corte de rendimentos em pessoas idosas têm relação direta com o agravamento de doenças cardiovasculares, depressão e perda de autonomia”, explica a geriatra e pesquisadora Marina Lopes. “Estamos falando de um impacto coletivo que pode gerar ainda mais custos ao sistema de saúde.”
Vidas não podem ser decididas com canetadas
As denúncias feitas pelos aposentados e seus familiares revelam o drama silencioso de quem ajudou a construir o patrimônio do Banespa, e, depois da privatização, lucros que representam a maior fatia fora do país de origem – e agora se vê ameaçado por uma postura que despreza o pacto intergeracional. A mobilização contra a retirada de patrocínio cresce a cada semana, com apoio da Afubesp e sindicatos, que continuam pressionando órgãos reguladores como a Previc e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre muitas outras ações.
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