06/11/2025

Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais e reduz as alíquotas para rendas entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. A proposta (PL 1.087/2025), de autoria do governo Lula, segue agora para sanção do presidencial e deve entrar em vigor em janeiro de 2026.

A medida, considerada uma das mais esperadas dos últimos anos, é uma reivindicação do movimento sindical que foi assumida por Lula e incorporada entre suas propostas na campanha eleitoral. Cerca de 25 milhões de trabalhadores devem ser beneficiados.

“Depois do golpe que tirou a presidente Dilma da Presidência da República, por todo o período que o país foi governado pela direita, ficamos sem a correção da tabela do IR. Isso penalizou a classe trabalhadora. Mas, com a volta do presidente Lula à presidência, houve uma correção gradativa e, cumprindo sua promessa de campanha, esta proposta do governo Lula culmina com a isenção total para quem ganha até R$ 5 mil, o que dá maior poder de compra para a população”, observou o secretário de Relações do Trabalho é o responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento das pautas de interesse da classe trabalhadora que tramita no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

“A aprovação pelo Senado da isenção do Imposto de Renda representa um passo essencial para a construção da justiça fiscal no Brasil, pois alivia o peso sobre a classe trabalhadora e reafirma que o Congresso deve responder às necessidades do povo. Essa vitória só foi possível graças à mobilização social, que desmascarou tentativas de barganha política e garantiu que o interesse público prevalecesse”, destacou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.

Taxação das altas rendas

Para compensar a perda de arrecadação do benefício aos trabalhadores, o projeto aumenta a tributação sobre altas rendas, atingindo quem recebe mais de R$ 600 mil por ano (ou R$ 50 mil por mês), com alíquota máxima de 10% sobre dividendos e rendimentos.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do projeto do Senado, resumiu o objetivo da proposta: “quem tem menos, paga menos; quem tem mais, paga mais”.

O texto mantém a isenção de investimentos ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio, como letras de crédito e fundos setoriais. Propostas que poderiam alterar o conteúdo, como novas regras para profissionais liberais e lucros enviados ao exterior, foram rejeitadas para evitar atrasos na aprovação.

Taxação das bets

Paralelamente, os temas não incluídos no texto serão tratados no PL 5.473/2025, que prevê aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras e elevação da taxa sobre as apostas esportivas (bets), de 12% para 24%.

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Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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