21/05/2020
Pra cego ver: Até deputado do Centrão defende Banco do Brasil e critica Guedes
O deputado federal Christino Aureo (PP-RJ) divulgou um vídeo criticando a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, durante reunião ministerial, teria dito que é preciso “vender logo a porra do BB” (Banco do Brasil).
Funcionário aposentado do banco, o deputado disse que “foi com um misto de incredulidade e surpresa” que eu viu as palavras “de baixo nível” de Guedes. “Ofendendo, obviamente, não somente aos servidores, aos funcionários, mas todos aqueles que respeitam o Banco do Brasil”.
Modernização?
Áureo disse que entende a necessidade de modernizar o Estado brasileiro e defendeu várias questões que atendem a premissa de modernização do Estado, mas, com relação a intenção de venda do BB, o deputado foi enfático: “o senhor não vai conseguir fazer passar o processo de privatização do Banco do Brasil”, disse.
O deputado destacou a força do Banco do Brasil e lembrou que o setor agropecuário do país se desenvolveu graças ao banco e conclui dizendo que funcionários, técnicos e produtores vão se juntar e “fazer uma frente muito grande. Seu projeto não vai passar ministro”.
Outras críticas
A declaração de Guedes também gerou críticas do ex-ministro Ricardo Berzoini, que disse que “quem conhece Paulo Guedes sabe de suas limitações e da incapacidade de pensar qualquer estratégia para enfrentar o porte da crise que vivemos.”
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, avalia que as falas de Guedes se refletem na atuação do banco. Para Fukunaga, “não precisava nem ouvir o que foi falado na reunião. Basta ver a tranquilidade com que Rubem Novaes toca o banco, como se o Banco do Brasil fosse um banco privado, que em nenhum momento se colocou para contribuir com a solução do problema das filas do auxílio emergencial”. Para ele, “o BB está alheio a tudo isso que está ocorrendo com a Caixa e, mesmo com toda sua importância, se tornou um coadjuvante”, completou.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também falou sobre o assunto. “Não é a primeira vez que o Guedes deixa claro sua intenção de privatizar o Banco do Brasil. O banco já tinha sido incluído na lista de empresas a serem privatizadas e depois houve o recuo por causa da repercussão que a declaração teve. Mas, sem falar em privatização, o banco vem sendo vendido aos poucos. Suas partes mais rentáveis já foram vendidas e vai chegar uma hora que vai ficar só o ‘esqueleto’”, disse. “Esta é a hora de a gente usar todas as formas possíveis para denunciar esta manobra e mostrar para a sociedade o que ela pode perder com a venda do banco”, completou.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a declaração não surpreende, mas ainda assim é, sobretudo, uma afronta e um desrespeito aos funcionários e ao banco. "A fala de Guedes demonstra que, mesmo em meio à pandemia do coronavírus, os integrantes do governo estão mais preocupados em se desfazer de um patrimônio público lucrativo que priorizar a sobrevivência da população, que tem cada vez menos acesso a crédito e cada vez mais caro. É fundamental, neste momento, a organização da sociedade junto aos trabalhadores do banco para reforçar a defesa de uma institiuição que é de todos os brasileiros", acrescentou Vicentim.
Além dos ministros, os presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estavam presentes na reunião e tiveram a oportunidade de ver e ouvir a declaração de Guedes ao vivo.
Funcionário aposentado do banco, o deputado disse que “foi com um misto de incredulidade e surpresa” que eu viu as palavras “de baixo nível” de Guedes. “Ofendendo, obviamente, não somente aos servidores, aos funcionários, mas todos aqueles que respeitam o Banco do Brasil”.
Modernização?
Áureo disse que entende a necessidade de modernizar o Estado brasileiro e defendeu várias questões que atendem a premissa de modernização do Estado, mas, com relação a intenção de venda do BB, o deputado foi enfático: “o senhor não vai conseguir fazer passar o processo de privatização do Banco do Brasil”, disse.
O deputado destacou a força do Banco do Brasil e lembrou que o setor agropecuário do país se desenvolveu graças ao banco e conclui dizendo que funcionários, técnicos e produtores vão se juntar e “fazer uma frente muito grande. Seu projeto não vai passar ministro”.
Outras críticas
A declaração de Guedes também gerou críticas do ex-ministro Ricardo Berzoini, que disse que “quem conhece Paulo Guedes sabe de suas limitações e da incapacidade de pensar qualquer estratégia para enfrentar o porte da crise que vivemos.”
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, avalia que as falas de Guedes se refletem na atuação do banco. Para Fukunaga, “não precisava nem ouvir o que foi falado na reunião. Basta ver a tranquilidade com que Rubem Novaes toca o banco, como se o Banco do Brasil fosse um banco privado, que em nenhum momento se colocou para contribuir com a solução do problema das filas do auxílio emergencial”. Para ele, “o BB está alheio a tudo isso que está ocorrendo com a Caixa e, mesmo com toda sua importância, se tornou um coadjuvante”, completou.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também falou sobre o assunto. “Não é a primeira vez que o Guedes deixa claro sua intenção de privatizar o Banco do Brasil. O banco já tinha sido incluído na lista de empresas a serem privatizadas e depois houve o recuo por causa da repercussão que a declaração teve. Mas, sem falar em privatização, o banco vem sendo vendido aos poucos. Suas partes mais rentáveis já foram vendidas e vai chegar uma hora que vai ficar só o ‘esqueleto’”, disse. “Esta é a hora de a gente usar todas as formas possíveis para denunciar esta manobra e mostrar para a sociedade o que ela pode perder com a venda do banco”, completou.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a declaração não surpreende, mas ainda assim é, sobretudo, uma afronta e um desrespeito aos funcionários e ao banco. "A fala de Guedes demonstra que, mesmo em meio à pandemia do coronavírus, os integrantes do governo estão mais preocupados em se desfazer de um patrimônio público lucrativo que priorizar a sobrevivência da população, que tem cada vez menos acesso a crédito e cada vez mais caro. É fundamental, neste momento, a organização da sociedade junto aos trabalhadores do banco para reforçar a defesa de uma institiuição que é de todos os brasileiros", acrescentou Vicentim.
Além dos ministros, os presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estavam presentes na reunião e tiveram a oportunidade de ver e ouvir a declaração de Guedes ao vivo.
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