19/09/2019
Contraf-CUT cobra mesa de negociação sobre Cassi; Sem negociação, todos perdem
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobrou, na última terça-feira (18), que o Banco do Brasil reabra as negociações sobre a Caixa de Assistência dos Funcionários do banco (Cassi). A cobrança ocorreu durante reunião para apresentação do novo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), João Fukunaga, ao vice-presidente de Gestão de Pessoas, Suprimentos e Operações do BB, Antônio Gustavo Matos do Vale, e com o diretor da Diretoria de Pessoas (Dipes), José Avelar Matias Lopes.
“Temos um histórico de negociação que é reconhecido pelo próprio banco. Não podemos jogar tudo isso fora e deixarmos um terceiro decidir sobre uma coisa caberia aos associados e ao banco. Queremos a reabertura das negociações para que essa decisão seja de quem está envolvido no processo”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, referindo-se à intervenção na Cassi pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Sem negociação, todos perdem
“A Cassi é muito mais do que um plano de saúde. Sua política de atuação preventiva reduz os custos com tratamentos e também os afastamentos de funcionários”, observou Fukunaga. “Se o banco não reabrir as negociações, a carteira de associados pode parar nas mãos do mercado privado, que não oferece este e outros serviços hoje oferecidos pela Cassi. Os funcionários serão prejudicados, mas o banco também será”, completou o dirigente.
A Contraf-CUT encaminhou um ofício ao BB solicitando esclarecimentos sobre a resposta dada pelo banco ao pedido de prorrogação do Memorando de Entendimentos, firmado em 2016 e com validade até dezembro de 2019. O documento garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao Plano Associados da Cassi, sendo 60% deste valor de responsabilidade do banco e outros 40% de responsabilidade dos associados.
Em resposta enviada à Contraf-CUT e demais entidades de representação dos funcionários no dia 10 de setembro, o BB negou a prorrogação do aporte extraordinário à Cassi e ainda disse que os recursos previstos na proposta para sustentabilidade da Cassi, recusada em consulta aos associados, podem não estar mais disponíveis. Segundo o banco, as conversações são limitadas por premissas anteriores.
No ofício a Contraf-CUT questiona quais são os limites e as premissas citadas na resposta do banco e se este aceitará, ou não, a reabertura de negociações solicitada pela Confederação e as demais entidades que compõem a mesa de negociações com a Cassi.
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