26/06/2019
Novo aumento na coparticipação é mais um golpe contra os participantes da Cassi
O Conselho Deliberativo da Cassi aprovou novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas – inclusive com voto favorável dos indicados do Banco do Brasil e de Sergio Faraco, representante eleito pelos associados. Pelo novo aumento, a coparticipação dos associados sobe para 50%, em consultas de emergência ou agendadas, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares; e para 30%, nos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.
Para piorar a proposta acaba com o teto de 1/24 do salário, com incidência única, aprovado na reforma estatutária de 2007 e que ainda estava em vigor. Na época, a revista O Espelho Nacional trouxe detalhamentos da proposta, assim como material elaborado pela própria Cassi. A reforma, na ocasião, foi amplamente debatida com o conjunto dos trabalhadores – veja, ao final da matéria, o gráfico com as transformações trazidas na reforma de 2007. Agora, com esta nova mudança, todo o custo dos procedimentos médicos passa a ser arcado pelos próprios trabalhadores.
“Essa mudança é um verdadeiro golpe contra os usuários, pois coloca no bolso dos trabalhadores todo o custeio de seu tratamento de saúde. Queremos que a negociação feita há 12 anos seja respeitada e que o Banco do Brasil efetivamente atue como patrocinador do plano de saúde dos funcionários”, afirmou João Fulunaga, membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Entidades representantes dos trabalhadores já vinham se posicionando contra a medida. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por exemplo, já havia enviado um ofício ao Conselho Deliberativo protestando contra a decisão da diretoria e pedindo voto contrário dos conselheiros. A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) também enviou uma carta a Faraco, que preside o Conselho Deliberativo, cobrando a rejeição das mudanças.
“É importante também apontar o contrassenso que é o fato de o Faraco, eleito para representar os participantes, votar contra os próprios participantes que o elegeram. De que lado ele está, afinal? O Conselho Deliberativo, do qual Faraco é o atual presidente, está totalmente fora de sintonia com os trabalhadores”, criticou Fukunaga. “O BB está se utilizando dos instrumentos internos da Cassi para majorar, a título de contrabando, a contribuição dos associados sem a devida contrapartida. Essa tática visa evitar a instalação de nova mesa de negociação, sem responsabilização da empresa”, completou.
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