24/06/2019

Movimento sindical é contra o aumento da coparticipação dos associados na Cassi




A diretoria da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) aprovou no início de junho novo aumento na coparticipação sobre consultas e exames. Em janeiro, a coparticipação já havia sofrido reajuste de 30% para 40% nas consultas médicas e sessões de psicoterapia e de 10% para 20% nos serviços complementares.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao Conselho Deliberativo da Cassi demonstrando sua contrariedade da decisão da diretoria e pedindo para que os conselheiros, tanto os eleitos quanto os indicados, votem contra o aumento que prejudica os associados.

“Circula entre os associados que o novo aumento será de 40% para 50% nas consultas e de 20% para 30% nos exames. Além disso, o teto de 1/24 do salário mensal seria alterado para se cobrar o estoque todos os meses. Isso deturpa o histórico de cobrança e penaliza ainda mais os associados”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento, que representa a Contraf-CUT, na mesa de negociações com o banco e com a Cassi.

Caráter moderador da coparticipação

Em seu site, a Cassi afirma que, no Plano de Associados, a coparticipação de 10% em diagnoses e terapias não-vinculadas à internação foi instituída como fator moderador na utilização de eventos médicos e hospitalares.

“Os aumentos que a diretoria quer estipular desvirtuam o caráter moderador, transforma-o em fator punitivo, prejudica os associados e agrava a quebra da solidariedade. Por essa razão, defendemos o fim gradativo da coparticipação, não o aumento”, argumentou o coordenador da CEBB. “A cobertura do déficit registrado nos últimos períodos e sustentabilidade da Cassi não se dará por meio da coparticipação! A solução precisa ser negociada”, completou.

Wagner explicou que a Contraf-CUT é contra o aumento porque a conta de parte do déficit da Cassi é jogada nas costas dos associados. Além da redução gradativa da coparticipação, a Contraf-CUT defende isenção para todos os participantes do Programa Estratégia Saúde da Família, como forma de incentivo à integração nos programas de prevenção que a Cassi desenvolve. “A saúde preventiva contribui para a redução de custos e precisa ser incentivada”, disse.

Reabertura de negociações

A proposta de alteração no custeio e governança da Cassi não foi aprovada pelos associados. No dia seguinte ao resultado, a Contraf-CUT enviou um ofício ao Banco do Brasil solicitando reabertura das negociações da Mesa da Cassi. Quase dois meses após o envio do ofício, o BB ainda não respondeu à solicitação da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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