02/05/2019
Preconceito gera prejuízo: governo não se importa com necessidades de comunicação
(Montagem: Linton Publio)
O presidente Jair Bolsonaro ordenou que o Banco do Brasil retirasse do ar uma campanha publicitária estrelada por atores e atrizes negros e jovens tatuados usando anéis, dreadlocks e cabelos compridos.
A peça não agradou o presidente por ter "diversidade demais", segundo o blog de Lauro Jardim, em O Globo. A ingerência acarretou na perda do cargo pelo diretor de Comunicação e Marketing do BB, Delano Valentim.
A situação representa um retrocesso ao debate de promoção da diversidade e igualdade cobrada de todo o sistema financeiro pelo movimento sindical. Vai na contramão do propósito da mesa de Igualdade de Oportunidades. Na última Campanha Nacional a categoria conquistou a realização do 3º Censo da Diversidade, que terá como complemento um programa de capacitação dos bancários sobre questões de diversidade.
A censura da peça publicitária traz, ainda, prejuízos para o BB. Se analisado o posicionamento de grandes marcas, verifica-se que a campanha do Banco do Brasil segue a tendência de mercado, mas, por uma questão pessoal, o presidente ignora as necessidades de comunicação do banco público.
De acordo com dados a que Georges Marques, jornalista da Revista Fórum, teve acesso, o resultado inicial no dia seguinte ao lançamento da campanha censurada, 10 de abril, foi o maior de 2019 para a comunicação do BB, com mais de 5 mil contas abertas, 13 milhões de visualizações e 5 mil comentários no YouTube nas primeiras 24 horas.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, questiona se a atitude do governo ao censurar uma campanha publicitária que traduz a diversidade da população brasileira, aliada às declarações privatistas de Rubem Novaes, não refletem a real intenção de promover o desmantelamento do banco público.
"O Sindicato, como defensor da igualdade de oportunidades, repudia a censura praticada e o desrespeito aos funcionários e clientes que ela simboliza. Repudia a atitude também por trazer prejuízos para o banco, ao afastar do BB potenciais clientes", explicou.
"Combater retrocessos e defender os bancos públicos sempre foram bandeiras levantadas por nossa entidade e, enquanto representantes dos trabalhadores, reafirmamos nosso compromisso de luta. O BB é reconhecido como o banco dos brasileiros e tem a sua construção na representatividade e na diversidade da população. É preciso fazer valer as conquistas já obtidas e pressionar por avanços", completou o Vicentim.
A peça não agradou o presidente por ter "diversidade demais", segundo o blog de Lauro Jardim, em O Globo. A ingerência acarretou na perda do cargo pelo diretor de Comunicação e Marketing do BB, Delano Valentim.
A situação representa um retrocesso ao debate de promoção da diversidade e igualdade cobrada de todo o sistema financeiro pelo movimento sindical. Vai na contramão do propósito da mesa de Igualdade de Oportunidades. Na última Campanha Nacional a categoria conquistou a realização do 3º Censo da Diversidade, que terá como complemento um programa de capacitação dos bancários sobre questões de diversidade.
A censura da peça publicitária traz, ainda, prejuízos para o BB. Se analisado o posicionamento de grandes marcas, verifica-se que a campanha do Banco do Brasil segue a tendência de mercado, mas, por uma questão pessoal, o presidente ignora as necessidades de comunicação do banco público.
De acordo com dados a que Georges Marques, jornalista da Revista Fórum, teve acesso, o resultado inicial no dia seguinte ao lançamento da campanha censurada, 10 de abril, foi o maior de 2019 para a comunicação do BB, com mais de 5 mil contas abertas, 13 milhões de visualizações e 5 mil comentários no YouTube nas primeiras 24 horas.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, questiona se a atitude do governo ao censurar uma campanha publicitária que traduz a diversidade da população brasileira, aliada às declarações privatistas de Rubem Novaes, não refletem a real intenção de promover o desmantelamento do banco público.
"O Sindicato, como defensor da igualdade de oportunidades, repudia a censura praticada e o desrespeito aos funcionários e clientes que ela simboliza. Repudia a atitude também por trazer prejuízos para o banco, ao afastar do BB potenciais clientes", explicou.
"Combater retrocessos e defender os bancos públicos sempre foram bandeiras levantadas por nossa entidade e, enquanto representantes dos trabalhadores, reafirmamos nosso compromisso de luta. O BB é reconhecido como o banco dos brasileiros e tem a sua construção na representatividade e na diversidade da população. É preciso fazer valer as conquistas já obtidas e pressionar por avanços", completou o Vicentim.
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