30/04/2019
Ao defender veto a propaganda do BB, Rubem Novaes ataca diversidade e ignora conquistas
(Foto: Reprodução)
Na última semana, veio a público a retirada do ar de uma campanha publicitária do Banco do Brasil, ordenada diretamente pelo presidente Jair Bolsonaro. O vídeo era voltado para o público jovem e estrelado majoritariamente por negros e negras. O episódio acarretou na queda de um diretor do banco.
No sábado, o presidente do BB, Rubem Novaes, em resposta à reportagem da BBC News Brasil, defendeu o veto. No comunicado, Novaes afirma, ao tentar criticar a esquerda brasileira, que “o ‘empoderamento’ de minorias era o instrumento acionado em diversas manifestações culturais (...), onde se procurava caracterizar o cidadão ‘normal’ como a exceção”.
“Essa discussão vai muito além de qualquer debate sobre ‘esquerda’ ou ‘direita’. É uma questão de defender, por exemplo, igualdade de oportunidades. Queremos negros e negras não só na propaganda, mas também conseguindo cargos e promoções com critérios objetivos, como já vimos defendendo inclusive nos acordos coletivos”, afirmou o membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “Além disso, temos que questionar esta expressão desastrosa usada por Novaes. O que é o ‘cidadão normal’?”, questionou.
A fala de Novaes, ao reduzir as conquistas da classe trabalhadora a “empoderamento de minorias”, ignora avanços reais dos bancários nos últimos anos, como a ampliação nas licenças maternidade e paternidade, fundamentais para a chegada do novo membro da família; o reconhecimento da união homoafetiva, para garantir direitos a todas as configurações familiares; a cláusula 48 do Aditivo do BB, na qual o banco se compromete a ampliar as políticas de promoção de equidade de gênero; e uma série de outros dispositivos sérios para melhorar a vida do trabalhador.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, acrescenta que o BB é reconhecido como o banco dos brasileiros e tem a sua construção na representatividade e na diversidade da população. "São funcionários e clientes, homens e mulheres, negros, brancos, homossexuais, heterossexuais, trans, que ajudam diariamente a construir a história da instituição e que merecem ser reconhecidos e respeitados."
"No mercado de trabalho a busca por igualdade de oportunidade tem sido uma constante bandeira defendida pelo Sindicato. É preciso fazer valer as conquistas já obtidas e pressionar por avanços", completou.
No sábado, o presidente do BB, Rubem Novaes, em resposta à reportagem da BBC News Brasil, defendeu o veto. No comunicado, Novaes afirma, ao tentar criticar a esquerda brasileira, que “o ‘empoderamento’ de minorias era o instrumento acionado em diversas manifestações culturais (...), onde se procurava caracterizar o cidadão ‘normal’ como a exceção”.
“Essa discussão vai muito além de qualquer debate sobre ‘esquerda’ ou ‘direita’. É uma questão de defender, por exemplo, igualdade de oportunidades. Queremos negros e negras não só na propaganda, mas também conseguindo cargos e promoções com critérios objetivos, como já vimos defendendo inclusive nos acordos coletivos”, afirmou o membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “Além disso, temos que questionar esta expressão desastrosa usada por Novaes. O que é o ‘cidadão normal’?”, questionou.
A fala de Novaes, ao reduzir as conquistas da classe trabalhadora a “empoderamento de minorias”, ignora avanços reais dos bancários nos últimos anos, como a ampliação nas licenças maternidade e paternidade, fundamentais para a chegada do novo membro da família; o reconhecimento da união homoafetiva, para garantir direitos a todas as configurações familiares; a cláusula 48 do Aditivo do BB, na qual o banco se compromete a ampliar as políticas de promoção de equidade de gênero; e uma série de outros dispositivos sérios para melhorar a vida do trabalhador.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, acrescenta que o BB é reconhecido como o banco dos brasileiros e tem a sua construção na representatividade e na diversidade da população. "São funcionários e clientes, homens e mulheres, negros, brancos, homossexuais, heterossexuais, trans, que ajudam diariamente a construir a história da instituição e que merecem ser reconhecidos e respeitados."
"No mercado de trabalho a busca por igualdade de oportunidade tem sido uma constante bandeira defendida pelo Sindicato. É preciso fazer valer as conquistas já obtidas e pressionar por avanços", completou.
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