09/11/2018
Lucratividade do Banco do Brasil já alcança R$ 9,7 bilhões nos nove meses de 2018
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,7 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, um crescimento de 22,8% em relação ao mesmo período de 2017. Além disso, nesse ínterim, a rentabilidade do banco público subiu de 12,3% para 13,4%.
O montante é resultado, principalmente, da redução de despesas – como a de captação e provisão para devedores duvidosos que caíram, respectivamente, 22,7% e 22,2% em relação aos nove primeiros meses do ano passado – e do aumento de algumas receitas, entre elas as operações de crédito, resultado de instrumentos financeiros e derivativos, e de câmbio.
Segundo o relatório do Banco do Brasil, “o resultado foi impactado pela redução das despesas de provisão de crédito, pelo aumento das rendas de tarifas, que cresceram acima da inflação e pelo controle de custos, que variaram abaixo da inflação”.
O crescimento, contudo, foi acompanhado do fechamento de 2.073 postos de trabalho e de 222 agências tradicionais entre setembro do ano passado e setembro deste ano. Neste mesmo mês, o banco somava um total de 4.143 agências.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a divulgação do lucro e o relatório sobre o que gerou esse lucro mostram que o sucateamento da instituição, por meio de fechamento de agências e postos de trabalho, vem atender os interesses do capital financeiro, deixando de incentivar o capital produtivo. "O BB não se preocupa nem com as condições de trabalho, nem com a qualidade do atendimento ao cliente. Seu único objetivo é o crescimento do lucro às custas de muito sofrimento e exploração de seus funcionários, que estão sendo coagidos a aceitar decisões unilaterais do banco."
Receitas e despesas
As receitas de tarifas e prestação de serviços apresentaram elevação de 5,3% no período e chegaram a R$ 20,2 bilhões. Com isso, o BB cobre 122% do total das despesas de pessoal do banco, incluindo PLR.
O Banco do Brasil também reduziu em 11% suas despesas administrativas. As maiores quedas foram de 42% nas despesas com amortização, 15% nos gastos com aluguéis e de 6% das despesas com serviço de vigilância e segurança.
Na contramão, cresceram as despesas com serviços de terceiros (5%) e as despesas com processamento de dados (10%) nos nove primeiros meses deste ano.
O resultado também reflete a terceirização irrestrita aprovada no governo Temer e a ampliação agressiva do atendimento digital no Banco do Brasil, que fecha agências físicas e sobrecarrega funcionários dos escritórios digitais, cujos adoecimentos só aumentam.
Outros números
A carteira de crédito do BB apresentou aumento de 1,4% em relação a setembro de 2017. As linhas para Pessoa Jurídica caíram 1,4%, principalmente em função da queda de 24,7% nos empréstimos para micro e pequenas empresas. Já a carteira de Pessoa Física apresentou elevação de 2,3%, com destaque para o crédito consignado, imobiliário e cartão de crédito.
A taxa de inadimplência caiu de 3,94% para 2,83% entre o terceiro trimestre de 2017 e o mesmo período deste ano.
O montante é resultado, principalmente, da redução de despesas – como a de captação e provisão para devedores duvidosos que caíram, respectivamente, 22,7% e 22,2% em relação aos nove primeiros meses do ano passado – e do aumento de algumas receitas, entre elas as operações de crédito, resultado de instrumentos financeiros e derivativos, e de câmbio.
Segundo o relatório do Banco do Brasil, “o resultado foi impactado pela redução das despesas de provisão de crédito, pelo aumento das rendas de tarifas, que cresceram acima da inflação e pelo controle de custos, que variaram abaixo da inflação”.
O crescimento, contudo, foi acompanhado do fechamento de 2.073 postos de trabalho e de 222 agências tradicionais entre setembro do ano passado e setembro deste ano. Neste mesmo mês, o banco somava um total de 4.143 agências.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a divulgação do lucro e o relatório sobre o que gerou esse lucro mostram que o sucateamento da instituição, por meio de fechamento de agências e postos de trabalho, vem atender os interesses do capital financeiro, deixando de incentivar o capital produtivo. "O BB não se preocupa nem com as condições de trabalho, nem com a qualidade do atendimento ao cliente. Seu único objetivo é o crescimento do lucro às custas de muito sofrimento e exploração de seus funcionários, que estão sendo coagidos a aceitar decisões unilaterais do banco."
Receitas e despesas
As receitas de tarifas e prestação de serviços apresentaram elevação de 5,3% no período e chegaram a R$ 20,2 bilhões. Com isso, o BB cobre 122% do total das despesas de pessoal do banco, incluindo PLR.
O Banco do Brasil também reduziu em 11% suas despesas administrativas. As maiores quedas foram de 42% nas despesas com amortização, 15% nos gastos com aluguéis e de 6% das despesas com serviço de vigilância e segurança.
Na contramão, cresceram as despesas com serviços de terceiros (5%) e as despesas com processamento de dados (10%) nos nove primeiros meses deste ano.
O resultado também reflete a terceirização irrestrita aprovada no governo Temer e a ampliação agressiva do atendimento digital no Banco do Brasil, que fecha agências físicas e sobrecarrega funcionários dos escritórios digitais, cujos adoecimentos só aumentam.
Outros números
A carteira de crédito do BB apresentou aumento de 1,4% em relação a setembro de 2017. As linhas para Pessoa Jurídica caíram 1,4%, principalmente em função da queda de 24,7% nos empréstimos para micro e pequenas empresas. Já a carteira de Pessoa Física apresentou elevação de 2,3%, com destaque para o crédito consignado, imobiliário e cartão de crédito.
A taxa de inadimplência caiu de 3,94% para 2,83% entre o terceiro trimestre de 2017 e o mesmo período deste ano.
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