17/09/2018

BB avisa mercado que vai reduzir custeio da Cassi; Vote NÃO para a proposta do banco



 
O Banco do Brasil comunicou ao mercado que já aprovou no Conselho Deliberativo a alteração estatutária da Cassi e que o aumento das suas despesas em R$ 300 milhões “não impacta o passivo atuarial calculado de acordo com a Deliberação CVM 695”. Para o bom entendedor, significa que ele não arcará com nenhuma despesa extra para os aposentados, como é o caso da contribuição por dependente.

Um dos principais objetivos da alteração estatutária que o banco propõe é reduzir despesas com os atuais aposentados e não custear o plano de saúde para quem se aposentar doravante, como faz com os colegas oriundos do BESC e da Nossa Caixa. O banco não deixou isto claro para os associados, mas comunicou formalmente aos acionistas, que aumentarão seus dividendos. Para quem não acreditava, aí está a prova.

BB dá razão a entidades que defendem o NÃO

A diretoria do banco respondeu à última publicação da Contraf. Ao tentar se justificar, deu razão ao que vem sendo dito pelas entidades representativas e confessou que vai implantar o voto de minerva na diretoria a favor de seu preposto, para aprovar as matérias de seu interesse.

O BB esqueceu de contar aos associados que reduzirá gradativamente seu custeio na Cassi dos atuais 60% do total para 55% em 2023, aí somadas suas contribuições normais, aportes por dependentes da ativa e despesas administrativas até 2021. É isto o que aprovou na diretoria e no conselho da entidade, com a ajuda dos recém eleitos. Como a proposta do banco reequilibra a Cassi só até 2023, depois disso vem mais aumento – quem sabe por faixa etária ou novo aumento da contribuição por dependente. Com o novo estatuto, poderá reequilibrar a Cassi com novos aumentos de despesas somente para os associados.

Vote NÃO para impedir o banco de controlar a Cassi e reduzir seus compromissos financeiros com o plano de saúde dos funcionários.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim alerta que o interesse do banco com essa proposta é aumentar o controle sobre a Cassi, reduzir suas contribuições como patrocinador, excluir futuros funcionários e retirar o custeio para futuros aposentados. 

"É importante que todos estejam atentos ao pleito que se aproxima. Esse é um processo de destruição da CASSI, que foi construído pelo BB de forma unilateral e sem a devida discussão com quem verdadeiramente são os donos da CASSI, os seus associados. É fundamental a mobilização e participação de todos os empregados para barrar este retrocesso e defender a proposta apresentada pelos trabalhadores para a Cassi, que busca garantir a manutenção de direitos e a cobertura para funcionários da ativa, aposentados e dependentes. Orientamos o corpo social da Cassi a rejeitar a proposta do banco, votando NÃO. Defenda a Cassi você também!", ressalta Vicentim.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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