24/05/2018
Bancários protestam em todo o estado contra abusos praticados pela direção do Santander

Protesto em frente à Diretoria de Rede SP Capital, do Santander, na Avenida Faria Lima, em São Paulo
(Foto: Seeb-SP)
A direção executiva do Santander foi alvo de protestos dos bancários e do movimento sindical devido a uma série de abusos e desrespeitos do banco espanhol contra seus trabalhadores. As manifestações ocorreram durante a quarta-feira (23), em diversas regiões do estado de São Paulo. Na capital, os atos se concentraram em agências, superintendências regionais e na diretoria de Rede - SP Capital, que controla a rede de agências da cidade.
O ato teve três motivações: descumprimento da convenção coletiva por meio da cobrança de metas via celular particular dos empregados, falta de vigilantes almocistas nas agências e trabalho à noite nas universidades.
“O diretor de rede SP Capital foi comunicado que as suas superintendências regionais têm obrigado os bancários a trabalharem à noite nas universidades. Também está ciente da gravidade representada pelo descumprimento da CCT, quando gestores utilizam o whatsapp dos bancários para cobrarem metas e resultados. Agora, ele e a diretoria executiva do banco devem corrigir esses abusos imediatamente. Do contrário, os protestos irão se intensificar e se espalhar por outros locais de trabalho do banco”, afirmou Marcelo Gonçalves, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Cobranças abusivas via celular particular
Funcionários denunciaram que gestores do banco cobram metas por intermédio de mensagens enviadas ao celular particular. A prática é expressamente proibida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, ratificada por todos os bancos, inclusive o Santander.
A cláusula 37 da CCT é clara: “É vedada, ao gestor, a cobrança de cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”. O mais grave é que o descumprimento do acordo está partindo das superintendências regionais.
Há várias denúncias da existência de grupos específicos para cobranças de venda de produtos, como planos de previdência privada, por exemplo. As cobranças, de acordo com os relatos, são realizadas durante o dia e à noite, uma clara violação da Convenção Coletiva assinada pelo Santander, e sobretudo, uma prática que caracteriza assédio moral e leva ao adoecimento de bancários.
Falta de vigilantes nas agências
Muitas agências do Santander no estado de São Paulo ainda não contam com vigilante almocista, nome dado ao trabalhador que substitui o colega de profissão durante sua hora de almoço. A situação obriga esses trabalhadores almoçarem em horários completamente absurdos: antes das 9 horas ou após as 16 horas.
“Na Espanha, além do almoço, existe a siesta. Aqui, o banco espanhol não quer permitir sequer o almoço dos vigilantes, e onde passa um boi, passa uma boiada. Se a moda pega, os bancários também vão acabar ficando sem almoço. Parece piada, mas já houve representantes do setor patronal defendendo publicamente o fim do horário de almoço. O movimento sindical bancário não irá aceitar esse tratamento desumano contra nenhum trabalhador, independente da categoria profissional a que pertença”, alerta Marcelo Gonçalves.
Extrapolação da jornada de trabalho
Ainda segundo denúncias, após a jornada de trabalho muitos bancários são obrigados a perambular, durante a noite, pelas portas de universidades na capital paulista a fim de tentar prospectar novos clientes e vender produtos do banco.
DENUNCIE
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região orienta aos bancários de sua base territorial que denunciem à entidade qualquer irregularidade cometida pelo Santander.
"O Santander tem implementado medidas altamente prejudiciais, expondo seus trabalhadores a situações completamente desrespeitosas e inaceitáveis em todo o país. Jornada de trabalho e acordo coletivo existem para ser cumpridos e respeitados, por isso, qualquer medida que infrinja os direitos da categoria devem ser comunicados. Bancários podem utilizar nossos canais disponíveis, como a ferramenta Denuncie, no site do Sindicato, e também o WhatsApp (17) 99259-1987. O sigilo do denunciante é absoluto", ressalta o diretor Aparecido Augusto Marcelo.
O ato teve três motivações: descumprimento da convenção coletiva por meio da cobrança de metas via celular particular dos empregados, falta de vigilantes almocistas nas agências e trabalho à noite nas universidades.
“O diretor de rede SP Capital foi comunicado que as suas superintendências regionais têm obrigado os bancários a trabalharem à noite nas universidades. Também está ciente da gravidade representada pelo descumprimento da CCT, quando gestores utilizam o whatsapp dos bancários para cobrarem metas e resultados. Agora, ele e a diretoria executiva do banco devem corrigir esses abusos imediatamente. Do contrário, os protestos irão se intensificar e se espalhar por outros locais de trabalho do banco”, afirmou Marcelo Gonçalves, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Cobranças abusivas via celular particular
Funcionários denunciaram que gestores do banco cobram metas por intermédio de mensagens enviadas ao celular particular. A prática é expressamente proibida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, ratificada por todos os bancos, inclusive o Santander.
A cláusula 37 da CCT é clara: “É vedada, ao gestor, a cobrança de cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”. O mais grave é que o descumprimento do acordo está partindo das superintendências regionais.
Há várias denúncias da existência de grupos específicos para cobranças de venda de produtos, como planos de previdência privada, por exemplo. As cobranças, de acordo com os relatos, são realizadas durante o dia e à noite, uma clara violação da Convenção Coletiva assinada pelo Santander, e sobretudo, uma prática que caracteriza assédio moral e leva ao adoecimento de bancários.
Falta de vigilantes nas agências
Muitas agências do Santander no estado de São Paulo ainda não contam com vigilante almocista, nome dado ao trabalhador que substitui o colega de profissão durante sua hora de almoço. A situação obriga esses trabalhadores almoçarem em horários completamente absurdos: antes das 9 horas ou após as 16 horas.
“Na Espanha, além do almoço, existe a siesta. Aqui, o banco espanhol não quer permitir sequer o almoço dos vigilantes, e onde passa um boi, passa uma boiada. Se a moda pega, os bancários também vão acabar ficando sem almoço. Parece piada, mas já houve representantes do setor patronal defendendo publicamente o fim do horário de almoço. O movimento sindical bancário não irá aceitar esse tratamento desumano contra nenhum trabalhador, independente da categoria profissional a que pertença”, alerta Marcelo Gonçalves.
Extrapolação da jornada de trabalho
Ainda segundo denúncias, após a jornada de trabalho muitos bancários são obrigados a perambular, durante a noite, pelas portas de universidades na capital paulista a fim de tentar prospectar novos clientes e vender produtos do banco.
DENUNCIE
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região orienta aos bancários de sua base territorial que denunciem à entidade qualquer irregularidade cometida pelo Santander.
"O Santander tem implementado medidas altamente prejudiciais, expondo seus trabalhadores a situações completamente desrespeitosas e inaceitáveis em todo o país. Jornada de trabalho e acordo coletivo existem para ser cumpridos e respeitados, por isso, qualquer medida que infrinja os direitos da categoria devem ser comunicados. Bancários podem utilizar nossos canais disponíveis, como a ferramenta Denuncie, no site do Sindicato, e também o WhatsApp (17) 99259-1987. O sigilo do denunciante é absoluto", ressalta o diretor Aparecido Augusto Marcelo.
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