16/04/2018
Ameaça aos associados: Banco do Brasil e Chapa Mais União se articulam na Cassi
Chapa Mais União e BB reunidos. "O sorriso da maldade na cara deles",
diz o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB João Fukunaga.
(Foto: Reprodução)
A direção do Banco do Brasil enviou comunicado interno deixando claro que defende mudanças estruturais na Caixa de Assistência. O documento veio a público na quinta-feira (12), poucos dias após reunião entre representantes do banco e integrantes da Chapa Mais União, vencedora da eleição na Cassi.
No documento do banco há pontos que devem servir de alerta aos participantes como: “Repensar a governança e a arquitetura organizacional (...) é inevitável, pois a Cassi precisa incorporar conhecimento e experiência em saúde à sua direção, além de evitar o estado de ‘não decisão’ em suas instâncias estratégicas”.
“O recado é claro. O banco quer implantar o voto de minerva, para dar a última palavra na Cassi. Conta naturalmente com o apoio dos dirigentes que indica e, ao que parece, com a simpatia dos novos eleitos, que, em atitude no mínimo suspeita, mal venceram as eleições e já foram se reunir com o banco”, afirma o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.
Em outro trecho, o BB coloca a premissa: “As ações precisam ser estruturantes em diversas dimensões: receitas, despesas e processos de gestão assistencial (...)”. Para João Fukunaga, a leitura adequada da frase é: “Vão aumentar as contribuições dos associados à Cassi. Não concordamos e vamos fazer a defesa dos nossos colegas”, alerta.
Para o dirigente, o comunicado fica ainda mais claro quanto a intenção de onerar os associados da Cassi quando cita que as “soluções” para a Cassi “não serão fáceis para ninguém” e que o “compromisso em equilibrar sacrifícios amenizará as dificuldades”. “Esse comunicado mais parece uma forma de preparar o terreno para o pacote de maldades que está por vir nessa proposta do BB para a Cassi”, avalia Fukunaga.
E os novos eleitos?
O documento do BB foi divulgado poucos dias após a Chapa Mais União divulgar uma nota relatando reunião que teve com representantes da instituição financeira, em 4 de abril. “A reunião aconteceu antes de sua visita à Cassi ou de sua posse, talvez para pedir as bênçãos ao banco”, critica João Fukunaga.
O que chama mais atenção no documento divulgado pelos novos eleitos, diz Fukunaga, é conter trechos idênticos aos ditos pelo banco, tais como: “(...) houve um consenso de que deverão ser feitos estudos técnicos caso haja a necessidade de um aporte adicional de recursos, tanto da parte do banco, como da parte dos associados, para, no curto prazo, resolver o problema estrutural do financiamento do plano” e também “(...) conduziremos os estudos técnicos visando o estabelecimento de um novo modelo de financiamento“.
Para o diretor do Sindicato, Carlos Alberto Moretto, o discurso dos novos eleitos sinaliza que concordam com a política da patrocinadoras, quando o que deveria era defender e ampliar os direitos dos associados. Os funcionários deverão se unir para impedir ataques a conquistas tão importantes como a paridade na gestão, a não cobrança por dependente, o princípio da solidariedade e o modelo de custeio com contrapartida maior do banco para ativos e aposentados.
"O Sindicato, através da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, permanecerá atento à qualquer medida que possa ser prejudicial aos participantes. Não aceitaremos nenhum direito a menos."
Vale lembrar ainda que as mudanças pretendidas precisam ser votadas pelo corpo social, pois estão previstas no estatuto da Cassi.
No documento do banco há pontos que devem servir de alerta aos participantes como: “Repensar a governança e a arquitetura organizacional (...) é inevitável, pois a Cassi precisa incorporar conhecimento e experiência em saúde à sua direção, além de evitar o estado de ‘não decisão’ em suas instâncias estratégicas”.
“O recado é claro. O banco quer implantar o voto de minerva, para dar a última palavra na Cassi. Conta naturalmente com o apoio dos dirigentes que indica e, ao que parece, com a simpatia dos novos eleitos, que, em atitude no mínimo suspeita, mal venceram as eleições e já foram se reunir com o banco”, afirma o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.
Em outro trecho, o BB coloca a premissa: “As ações precisam ser estruturantes em diversas dimensões: receitas, despesas e processos de gestão assistencial (...)”. Para João Fukunaga, a leitura adequada da frase é: “Vão aumentar as contribuições dos associados à Cassi. Não concordamos e vamos fazer a defesa dos nossos colegas”, alerta.
Para o dirigente, o comunicado fica ainda mais claro quanto a intenção de onerar os associados da Cassi quando cita que as “soluções” para a Cassi “não serão fáceis para ninguém” e que o “compromisso em equilibrar sacrifícios amenizará as dificuldades”. “Esse comunicado mais parece uma forma de preparar o terreno para o pacote de maldades que está por vir nessa proposta do BB para a Cassi”, avalia Fukunaga.
E os novos eleitos?
O documento do BB foi divulgado poucos dias após a Chapa Mais União divulgar uma nota relatando reunião que teve com representantes da instituição financeira, em 4 de abril. “A reunião aconteceu antes de sua visita à Cassi ou de sua posse, talvez para pedir as bênçãos ao banco”, critica João Fukunaga.
O que chama mais atenção no documento divulgado pelos novos eleitos, diz Fukunaga, é conter trechos idênticos aos ditos pelo banco, tais como: “(...) houve um consenso de que deverão ser feitos estudos técnicos caso haja a necessidade de um aporte adicional de recursos, tanto da parte do banco, como da parte dos associados, para, no curto prazo, resolver o problema estrutural do financiamento do plano” e também “(...) conduziremos os estudos técnicos visando o estabelecimento de um novo modelo de financiamento“.
Para o diretor do Sindicato, Carlos Alberto Moretto, o discurso dos novos eleitos sinaliza que concordam com a política da patrocinadoras, quando o que deveria era defender e ampliar os direitos dos associados. Os funcionários deverão se unir para impedir ataques a conquistas tão importantes como a paridade na gestão, a não cobrança por dependente, o princípio da solidariedade e o modelo de custeio com contrapartida maior do banco para ativos e aposentados.
"O Sindicato, através da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, permanecerá atento à qualquer medida que possa ser prejudicial aos participantes. Não aceitaremos nenhum direito a menos."
Vale lembrar ainda que as mudanças pretendidas precisam ser votadas pelo corpo social, pois estão previstas no estatuto da Cassi.
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