Na base da exploração, banco Santander eleva lucro e chega a R$ 9,953 bilhões no Brasil
No mesmo dia em que o Santander foi alvo de inúmeros protestos por todo o Brasil, o grupo espanhol anunciou um Lucro Líquido Gerencial de R$ 9,953 bilhões, em 2017 de sua filial. Os números representam crescimento de 35,6% em relação a 2016.
Em relação ao 3º trimestre de 2017 o crescimento foi de 6,4%. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 16,9%, com crescimento de 3,6 p.p. em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 26% do lucro global que foi de € 6,6 bilhões (com crescimento de 7 % em doze meses).
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“O Santander teve um lucro exorbitante no Brasil, o que fez com que o País passasse a responder por 26% do lucro global do banco espanhol. O problema é que é obtido a partir do massacre dos trabalhadores, que não têm o devido reconhecimento por sua dedicação”, afirmou Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
Os trabalhadores não são os únicos responsáveis por esse lucro, já que a população também sofre. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 17,7% em doze meses, totalizando R$ 15,6 bilhões. Em contrapartida, as despesas de pessoal mais PLR subiram 4,5%.
“Os clientes também sofrem com tarifas caras e altas taxas cobradas pelo banco, que vê seu lucro aumentando às custas da exploração dos clientes, que pagam caro por serviços que, muitas vezes, são realizados por eles próprios”, disse Rita Berlofa, presidenta mundial da UNI Finanças.
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve crescimento de 7,8% em doze meses e atingiu R$ 347,907 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 18,3% em relação a 2016 e 5,7% no trimestre, chegando a R$ 108,1 bilhões, impulsionado por cartão de crédito (18,1%), crédito consignado (36,7%) e crédito rural (52,9%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 41,9 bilhões ao final de 2017, com crescimento de 20,4% em doze meses. Do total desta carteira, R$ 32,387 bilhões referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 21,4%.
A holding encerrou o 4º trimestre de 2017 com 47.404 empregados, com abertura de 24 postos de trabalho em relação a 2016. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o saldo foi de 670 postos abertos. O número de agências cresceu em uma unidade em doze meses.
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