09/09/2016
Paralizações crescem 13% no terceiro dia de greve dos bancários
No terceiro dia de greve, 8454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, nesta quinta-feira (8), em todo o Brasil. Este número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira.
Na manhã desta sexta-feira (9), o Comando Nacional volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), às 11h, em São Paulo. A reunião foi convocada pela bancada patronal após a forte mobilização no primeiro dia da greve.
O presidente da Contraf-CUT enalteceu a forte mobilização da ategoria que arrancou esta rodada de negociação. “Disto não temos dúvida. Esperamos agora que os bancos revejam sua proposta, tragam garantias de emprego, de saúde, de segurança para seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que os bancos queiram rever o seu processo de estabelecimento de metas e a forma da cobrança destas metas - não dá mais para ter que adoecer em troca de salários. Esperamos que todos e todas tenhamos oportunidades iguais e não queremos ver as mulheres sendo discriminadas nos salários e nos cargos da carreira bancária. Não é pedir demais. Os bancos ganham muito. Tem lucros fabulosos. Milhares estão em greve e a sociedade espera que os banqueiros resolvam este conflito.”
Campanha Nacional 2016
Desde a data da entrega da minuta de reivindicações dos bancários à Fenaban, no dia 9 de agosto, já ocorreram cinco rodadas de negociações e os banqueiros não apresentaram proposta decente aos trabalhadores. A proposta que a Fenaban apresentou no dia 29 de agosto foi de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para os bancários.
Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
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