01/03/2016
Bancários do HSBC defendem, em manifestos pelo país, pagamento da PLR e PPR
Bancários do HSBC de todo o Brasil fizeram uma manifestação no dia 29 de fevereiro para protestar contra a falta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do Programa Próprio de Remuneração (PPR), referentes a 2015. O Sindicato dos Bancários de Catanduva reforçou o movimento com ato em frente à agência local.
A decisão do banco foi anunciada em comunicado interno e a justificativa para o não pagamento fez referência a suposto “prejuízo” no ano passado. Um dia antes, entretanto, o HSBC anunciou lucro global de US$ 13,52 bilhões em 2015, com queda de 1,2% no lucro líquido. O presidente do banco Douglas Flint chamou o desempenho do grupo de “globalmente satisfatório”.
"Não podemos admitir que o banco deixe o país falando em prejuízo, mas leve no bolso R$ 17 bilhões. Lutaremos pela garantia dos nossos direitos até o fim. Exigimos garantia de emprego e a nossa Participação nos Lucros", resume Cristiane Zacarias, coordenadora da COE/HSBC.
Ela destaca que o HSBC preferiu o caminho da intransigência, sem considerar que os bancários trabalharam e produziram em 2015. “Inclusive, alguns receberam premiações pelo desempenho, lamentou.
A crítica é reforçada pelo dirigente sindical Luiz Eduardo Campolungo, que relembra que o bônus dos executivos da alta gerência está garantido. “Como o banco pode pagar bônus, reconhecendo a eficiência e desempenho, e ao mesmo tempo alegar prejuízo? Não somos contra qualquer bônus, mas queremos que o benefício seja estendido a todos por meio da PLR e do PPR.”
Eduardo estima que o bônus contemple apenas 20% do quadro de trabalhadores do banco.
Aquisição sob suspeita
Aquisição sob suspeita
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ordenou que o HSBC “abrisse o jogo” sobre todas as ofertas recebidas nos últimos dois anos pela subsidiária brasileira e “explicasse” por que escolheu a oferta de US$ 5,2 bilhões do Bradesco.
O órgão declarou como complexo o ato de concentração gerado pela compra das operações do HSBC pelo Bradesco e solicitou a elaboração de estudo quantitativo sobre os impactos da operação, além de requerer, das partes envolvidas, as eficiências econômicas geradas e, dos demais bancos e, mais informações sobre o negócio e o mercado.
A assessoria do Conselho explicou que a complexidade do negócio necessita de uma revisão mais abrangente do que as fusões bancárias usuais no Brasil. A revisão deve ser concluída até o final do mês de junho, podendo ser prorrogada.
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