28/07/2025
Epidemia: Afastamentos por transtornos mentais nos bancos crescem 168% em 10 anos
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Nos últimos dez anos, o número de afastamentos de bancários por problemas de saúde mental cresceu de forma alarmante: saltou de 5.411 registros em 2014 para 14.525 em 2024, um crescimento de 168%. Nesse mesmo período, o setor eliminou mais de 88 mil postos de trabalho, reduzindo o total de empregados de 512.186 para 424.021, conforme dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
O cenário, escancarado por dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), revela que o ritmo de trabalho exaustivo e metas cada vez mais agressivas têm gerado uma verdadeira epidemia de adoecimento psíquico nos bancos. Os números se tornam ainda mais relevantes diante do Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho, celebrado em 27 de julho.
Entre os casos de afastamento por transtornos mentais no setor, os diagnósticos mais comuns incluem transtornos de ansiedade (34,5%), estresse agudo e dificuldade de adaptação (24,8%), episódios depressivos (24,1%) e depressão recorrente (11,2%).
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva região, Roberto Vicentim, os números revelam o descaso estrutural das instituições financeiras com a saúde de seus trabalhadores.
“É inadmissível que os bancos sigam ignorando os impactos das metas desumanas e da cobrança por desempenho a qualquer custo. A pressão constante, muitas vezes mascarada de ‘gestão por resultado’, adoece e afasta os trabalhadores, gerando sofrimento para eles e suas famílias. Os dados comprovam o que já denunciamos há anos: os lucros crescem às custas da saúde mental da categoria”, afirma Vicentim.
Os relatos que chegam diariamente aos sindicatos reforçam a gravidade do problema. Apesar das evidências, as empresas seguem negando a relação entre o modelo de gestão e os altos índices de afastamento por transtornos mentais.
Para Luiz Eduardo de M. Freire, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, essa negação é parte do problema. “Os bancos tratam os sintomas, mas se recusam a encarar as causas. É impossível promover saúde mental em ambientes marcados por assédio, metas inalcançáveis e jornadas sufocantes. É necessário reconhecer que o modelo atual adoece e precisa ser transformado. Redução da jornada, respeito ao tempo de descanso e metas condizentes com a realidade são medidas urgentes", reforça.
A crítica também se estende à postura das instituições diante dos clientes. A pressão por resultados cria um ambiente em que a venda forçada de produtos financeiros se torna corriqueira, ferindo a ética e o respeito ao consumidor.
A situação dos bancários reflete uma tendência nacional: entre 2014 e 2024, os afastamentos por doenças mentais em todas as categorias subiram de 221.127 para 471.649, um avanço de 113%. No mesmo compasso, o Brasil registrou mais de 6,7 milhões de acidentes de trabalho entre 2012 e 2022. Desses, mais de 25 mil resultaram em morte e cerca de 461 milhões de dias de trabalho foram perdidos. O custo desses afastamentos para o INSS ultrapassou R$136 bilhões no período.
Diante desse cenário, o Sindicato reforça seu compromisso com a saúde da categoria e defende medidas efetivas para proteger os trabalhadores, como a jornada de quatro dias semanais com três dias de descanso. A entidade reafirma que não basta criar programas de prevenção sem mexer na raiz do problema: o ambiente tóxico alimentado por metas inalcançáveis e formas veladas de assédio.
“Continuaremos na luta por condições dignas de trabalho, porque ninguém deveria adoecer para manter seu emprego. Respeitar o trabalhador é uma responsabilidade das empresas – e o Sindicato estará sempre vigilante e atuante para garantir esse direito”, conclui Roberto Vicentim.
O cenário, escancarado por dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), revela que o ritmo de trabalho exaustivo e metas cada vez mais agressivas têm gerado uma verdadeira epidemia de adoecimento psíquico nos bancos. Os números se tornam ainda mais relevantes diante do Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho, celebrado em 27 de julho.
Entre os casos de afastamento por transtornos mentais no setor, os diagnósticos mais comuns incluem transtornos de ansiedade (34,5%), estresse agudo e dificuldade de adaptação (24,8%), episódios depressivos (24,1%) e depressão recorrente (11,2%).
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva região, Roberto Vicentim, os números revelam o descaso estrutural das instituições financeiras com a saúde de seus trabalhadores.
“É inadmissível que os bancos sigam ignorando os impactos das metas desumanas e da cobrança por desempenho a qualquer custo. A pressão constante, muitas vezes mascarada de ‘gestão por resultado’, adoece e afasta os trabalhadores, gerando sofrimento para eles e suas famílias. Os dados comprovam o que já denunciamos há anos: os lucros crescem às custas da saúde mental da categoria”, afirma Vicentim.
Os relatos que chegam diariamente aos sindicatos reforçam a gravidade do problema. Apesar das evidências, as empresas seguem negando a relação entre o modelo de gestão e os altos índices de afastamento por transtornos mentais.
Para Luiz Eduardo de M. Freire, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, essa negação é parte do problema. “Os bancos tratam os sintomas, mas se recusam a encarar as causas. É impossível promover saúde mental em ambientes marcados por assédio, metas inalcançáveis e jornadas sufocantes. É necessário reconhecer que o modelo atual adoece e precisa ser transformado. Redução da jornada, respeito ao tempo de descanso e metas condizentes com a realidade são medidas urgentes", reforça.
A crítica também se estende à postura das instituições diante dos clientes. A pressão por resultados cria um ambiente em que a venda forçada de produtos financeiros se torna corriqueira, ferindo a ética e o respeito ao consumidor.
A situação dos bancários reflete uma tendência nacional: entre 2014 e 2024, os afastamentos por doenças mentais em todas as categorias subiram de 221.127 para 471.649, um avanço de 113%. No mesmo compasso, o Brasil registrou mais de 6,7 milhões de acidentes de trabalho entre 2012 e 2022. Desses, mais de 25 mil resultaram em morte e cerca de 461 milhões de dias de trabalho foram perdidos. O custo desses afastamentos para o INSS ultrapassou R$136 bilhões no período.
Diante desse cenário, o Sindicato reforça seu compromisso com a saúde da categoria e defende medidas efetivas para proteger os trabalhadores, como a jornada de quatro dias semanais com três dias de descanso. A entidade reafirma que não basta criar programas de prevenção sem mexer na raiz do problema: o ambiente tóxico alimentado por metas inalcançáveis e formas veladas de assédio.
“Continuaremos na luta por condições dignas de trabalho, porque ninguém deveria adoecer para manter seu emprego. Respeitar o trabalhador é uma responsabilidade das empresas – e o Sindicato estará sempre vigilante e atuante para garantir esse direito”, conclui Roberto Vicentim.
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