16/05/2023
Lucro do Banco do Brasil cresce 28,9% e ultrapassa os R$ 8,5 bilhões no 1º trimestre
O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 8,55 bilhões nos três primeiros meses de 2023, alta de 28,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), índice que mede a rentabilidade do banco, aumentou 2,9 pontos percentuais (p.p) em doze meses, alcançando 20,8%. Já o patrimônio líquido do banco ficou em R$ 169,533 bilhões, alta de 10,8% em um ano.
Os desembolsos para a safra 2022-2023 para médio produtor e para agricultura familiar cresceram, respectivamente, 43,7% e 19,9%, em relação aos desembolsos feitos à safra anterior. Para a agricultura empresarial, a expansão do crédito foi de 37,9%, no período.
A Carteira Ampliada Agro expandiu 4,1% no trimestre e 26,7% em 12 meses. Neste nicho, o crédito ao pequeno produtor cresceu 12,8%; o crédito para médio e grande produtores, 32,2%; e para empresas do setor, 16,4% no ano.
“Esse resultado na ampliação de crédito para a agricultura familiar, para os pequenos e médios produtores é positivo, porque está em linha com o que os trabalhadores e o movimento sindical sempre defenderam, que é a recuperação do papel do BB como um banco público voltado ao desenvolvimento do país”, observou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
“Nós desejamos que o crédito para a agricultura familiar, para o pequeno agricultor, expanda ainda mais. Como os dados do IBGE revelam, cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira são produzidos pela agricultura familiar. Portanto, financiar esse setor é, também, garantir segurança alimentar no país”, completou.
Segundo o relatório do banco, entre os fatores que contribuíram para o novo recorde de lucro estão, pela ordem, o crescimento na margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e do resultado em controladas, coligadas e joint-ventures. O banco também destacou que as despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) recuaram 8,4% em 12 meses, totalizando R$ 4,139 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,62%, aumento de 0,73 p.p. em relação a março de 2022, se mantendo inferior à inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,30%).
Menos funcionários
O total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 2,7 milhões, alcançando 82,05 milhões em março de 2023. Entretanto, ao final do trimestre, o BB contava com 85.457 funcionários, com fechamento de 1.009 postos de trabalho em 12 meses, mesmo tendo havido convocação de candidatos aprovados em concurso público ao longo de 2022. O número de agências tradicionais se reduziu em quatro unidades e o de agências digitais e especializadas em uma unidade, totalizando 3.172 e 808 agências, respectivamente.
“Apesar de o banco ter iniciado a convocação dos aprovados em concurso público tanto para a rede de atendimento quanto para as áreas tecnológicas, ainda está longe de suprir o número de trabalhadores que as entidades sindicais reivindicam. Para que a empresa cumpra de fato o seu papel social, como banco público e de impacto ao desenvolvimento do país, precisa valorizar seus funcionários, ampliar o atendimento nas pequenas cidades e nas comunidades do interior do país e não aplicar a mesma produtividade e expectativa de retorno dos bancos privados, com metas abusivas e sobrecarga de trabalho para seus funcionários", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
A primeira mesa de negociação permanente entre a CEBB e representantes do banco está agendada para o dia 30 de maio e terá como tema “Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP). "Os bancários do BB, que constroem diariamente os resultados expressivos do banco, merecem valorização e respeito", acrescentou o diretor.
Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.
Os desembolsos para a safra 2022-2023 para médio produtor e para agricultura familiar cresceram, respectivamente, 43,7% e 19,9%, em relação aos desembolsos feitos à safra anterior. Para a agricultura empresarial, a expansão do crédito foi de 37,9%, no período.
A Carteira Ampliada Agro expandiu 4,1% no trimestre e 26,7% em 12 meses. Neste nicho, o crédito ao pequeno produtor cresceu 12,8%; o crédito para médio e grande produtores, 32,2%; e para empresas do setor, 16,4% no ano.
“Esse resultado na ampliação de crédito para a agricultura familiar, para os pequenos e médios produtores é positivo, porque está em linha com o que os trabalhadores e o movimento sindical sempre defenderam, que é a recuperação do papel do BB como um banco público voltado ao desenvolvimento do país”, observou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
“Nós desejamos que o crédito para a agricultura familiar, para o pequeno agricultor, expanda ainda mais. Como os dados do IBGE revelam, cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira são produzidos pela agricultura familiar. Portanto, financiar esse setor é, também, garantir segurança alimentar no país”, completou.
Segundo o relatório do banco, entre os fatores que contribuíram para o novo recorde de lucro estão, pela ordem, o crescimento na margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e do resultado em controladas, coligadas e joint-ventures. O banco também destacou que as despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) recuaram 8,4% em 12 meses, totalizando R$ 4,139 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,62%, aumento de 0,73 p.p. em relação a março de 2022, se mantendo inferior à inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,30%).
Menos funcionários
O total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 2,7 milhões, alcançando 82,05 milhões em março de 2023. Entretanto, ao final do trimestre, o BB contava com 85.457 funcionários, com fechamento de 1.009 postos de trabalho em 12 meses, mesmo tendo havido convocação de candidatos aprovados em concurso público ao longo de 2022. O número de agências tradicionais se reduziu em quatro unidades e o de agências digitais e especializadas em uma unidade, totalizando 3.172 e 808 agências, respectivamente.
“Apesar de o banco ter iniciado a convocação dos aprovados em concurso público tanto para a rede de atendimento quanto para as áreas tecnológicas, ainda está longe de suprir o número de trabalhadores que as entidades sindicais reivindicam. Para que a empresa cumpra de fato o seu papel social, como banco público e de impacto ao desenvolvimento do país, precisa valorizar seus funcionários, ampliar o atendimento nas pequenas cidades e nas comunidades do interior do país e não aplicar a mesma produtividade e expectativa de retorno dos bancos privados, com metas abusivas e sobrecarga de trabalho para seus funcionários", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
A primeira mesa de negociação permanente entre a CEBB e representantes do banco está agendada para o dia 30 de maio e terá como tema “Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP). "Os bancários do BB, que constroem diariamente os resultados expressivos do banco, merecem valorização e respeito", acrescentou o diretor.
Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

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