13/05/2022
Alto lucro do BB, de mais de R$ 6,5 bilhões, agita as redes sociais
O astronômico lucro do Banco do Brasil, de mais de R$ 6,5 bilhões, no primeiro trimestre do ano, divulgado na noite de quarta-feira (11), tem movimentado as redes sociais. Entre os comentários que geraram mais repercussão estão o que diz que “Não dá nem para acreditar nisso, o povo morrendo de fome e o banco batendo recorde nos lucros” e “Lucros pros bancos, fome pro povo”, ambos postados no Instagram.
O fato foi divulgado pelo site Metrópoles, que destacou que “a enxurrada de comentários negativos no Instagram e Twitter destaca a discrepância entre o lucro do banco e a situação da maior parte da população brasileira”.
Notícias relacionadas ao empobrecimento das famílias brasileiras, em decorrência da política econômica do atual governo, como a “briga por cebola em promoção”, ocorrido no começo do mês de maio, no Distrito Federal, também foram lembradas.
"O país parece não estar em crise para os grandes bancos, que seguem lucrando bilhões enquanto aumenta também o índice de desemprego, a fome e a miséria da população. Um lucro como este nos leva à importante e urgente reflexão sobre qual rumo uma empresa pública como o BB está tomando, quando deveria, pela função social que exerce, estar mais preocupado com o desenvolvimento econômico e social do país”, destacou Roberto Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também lembrou que outras empresas públicas, como a Petrobras, que obteve o maior lucro líquido entre as maiores petroleiras mundiais, no primeiro semestre de 2022, chegando a US$ 9,405 bilhões nos primeiros meses deste ano, quase o dobro do valor alcançado pela americana Exxon Mobil, considerada a maior petroleira do mundo, que chegou a US$ 5,480 bilhões.
“Os brasileiros pagam a conta deste lucro nas bombas dos postos, nas distribuidoras de gás de cozinha e, consequentemente, na alta de preços dos alimentos e de todos os demais produtos que têm seus custos de produção e transporte afetados pelo preço dos combustíveis”, observou. “Apenas os acionistas ganham com a política de preços de combustíveis implementada pelo governo federal. O povo brasileiro é quem sofre as consequências”, concluiu.
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