Hora extra gera condenação para Bradesco
Após esperar 14 anos, o ex-bancário André de Freitas Guimarães ganhou na Justiça ação individual contra o Bradesco pelo não pagamento de horas extras.
Contratado em 1986, como analista de sistemas, o bancário começou a trabalhar no banco Itamarati, que posteriormente foi comprado pelo BCN e, por fim, adquirido pelo Bradesco.
Quando entrou com ação na Justiça contra o BCN, o bancário alegou que havia excesso de trabalho e, em muitos casos, era obrigado a fazer horas extras para conseguir dar fim ao serviço. “Em época de fechamento cheguei a trabalhar até meia-noite para conseguir finalizar a tarefa do dia. Era um trabalho muito estressante”, afirmou André.
Nos 11 anos em que trabalhou em instituições financeiras, André conta que nunca recebeu pelas horas trabalhadas a mais, já que a empresa sempre se negava a pagar. “Achei injusto não ser recompensado e deixar o meu trabalho de graça para o banco. Por isso, fiz questão de cobrar pelos meus direitos”, contou.
Ao ser dispensado, o funcionário disse que procurou o Sindicato e teve a orientação do departamento jurídico sobre como proceder. “Ainda bem que me sindicalizei quando entrei no banco. Quando mais precisei o Sindicato estava lá para me ajudar. A partir do momento que decidi brigar na Justiça, fui orientado de que demoraria pelo menos 10 anos. Mas, mesmo assim, não desanimei e hoje veio a recompensa”, lembrou, ao receber seu cheque das mãos do diretor do Sindicato, Walcir Previtale. “Vale muito a pena ser sindicalizado. Se não fosse o Sindicato, acho que receberia bem menos do que estou recebendo agora.”
Ações – Em 2010 o Sindicato recuperou R$ 52,8 milhões para os bancários por meio de ações trabalhistas e reuniões de conciliação. Foram 274 ações (individuais e coletivas) e 1.049 casos resolvidos por meio da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) que, no total, beneficiaram 2.068 bancários.
Fonte: Folha Bancária
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