Trabalhadores do Itaú Unibanco cobram transparência nas contas do convênio médico
Após cobrança dos bancários, aconteceu nesta segunda-feira, 28, uma negociação entre a Contraf-CUT e o Itaú Unibanco sobre o reajuste de até 24,61% do convênio médico efetuado na folha de pagamento sem qualquer comunicação prévia. Os trabalhadores cobraram da empresa a apresentação detalhada do balanço do convênio, com a discriminação clara da parte dos funcionários nas receitas do plano.
"O banco, no entanto, trouxe apenas dados superficiais, insuficientes para uma avaliação correta sobre o reajuste", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e empregado do Itaú Unibanco. "Queremos discutir esse reajuste, feito de forma unilateral pelo banco, sem informação prévia a funcionários ou às entidades sindicais", completa. A empresa se comprometeu a trazer os dados solicitados em nova reunião a ser agendada.
Cordeiro lembra que o acordo que unificou os convênios médicos, construído ao longo de um intenso processo de negociação entre as partes e assinado em 24 de fevereiro de 2010, prevê um reajuste definido pela sinistralidade e outros dados do convênio, o que não está sendo seguido pelo banco. Além disso, ficou acertado que qualquer modificação com o plano de saúde deveria ser previamente anunciado aos trabalhadores e movimento sindical, o que não aconteceu. "A empresa está mudando seu método de gestão. Durante o processo de negociação, a postura adotada foi muito mais transparente com as informações. Essa mudança não pode acontecer", alerta.
"O reajuste foi divulgado apenas um dia antes dos trabalhadores receberem o salário e sem nenhuma apresentação dos números do balanço", salienta Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com a empresa. "Já estava previsto no acordo que ocorreria um reajuste, mas questionamos a forma como foi implantado, sem anúncio prévio aos trabalhadores e ao movimento sindical", completa.
Os dirigentes sindicais cobraram ainda do banco soluções para diversos problemas relatados pelos bancários no convênio odontológico da empresa.
Fonte: Contraf-CUT
MAIS NOTÍCIAS
- Decisão sobre a adequação da meta atuarial da Funcef é adiada
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Conselho Deliberativo da Funcef vai votar adequação da meta atuarial nesta quinta-feira (21)
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de quarta-feira (20) no Clube dos Bancários
- Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é conquista dos movimentos sociais
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Organização do trabalho nos bancos leva a adoecimento mental da categoria
- Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros
- O sangue dos ancestrais negros continua a ser derramado, agora pelas ações policiais