24/05/2021
Entidades sindicais reivindicam, mas Cabesp mantém descredenciamentos na pandemia
Mais uma vez, a Cabesp demonstra desinteresse na resolução dos problemas que mais afligem seus associados, como a questão dos descredenciamentos. Atentos ao alto número de desligamentos de prestadores principalmente entre os meses de março e abril, associações e sindicatos enviaram no mês passado carta à presidência da Cabesp, que pedia a interrupção dos descredenciamentos em período de pandemia, em que muitas pessoas deixam de ir às consultas médicas. Porém, a resposta da entidade foi vaga.
Em carta assinada por uma advogada, a Caixa Beneficente se apoiou em resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que permite o desligamento de prestadores inativos há 12 meses para justificar a questão e limitou-se a dizer que possíveis recredenciamentos serão analisados caso a caso. Afirmou também que, entre outros motivos que levaram aos descredenciamentos, estariam rescisão contratual e fechamento do estabelecimento, por exemplo. Em suma, a sugestão de rever a política de recredenciamento ao menos neste período de crise foi descartada.
> Leia a carta enviada à Cabesp pelas associações e sindicatos em abril
> Leia a resposta da Cabesp
Mario Raia, Secretário-Geral da Afubesp e titular eleito do Conselho Fiscal da Cabesp, vê contradição na postura da entidade. “Embora esteja dentro da resolução da ANS, nosso entendimento é que não deveria haver descredenciamento na pandemia”, ressalta. Ele lembra que a própria Cabesp envia mensagens SMS aos seus beneficiários orientando a não sair de casa em momento de pandemia, para evitar aglomerações e que não é o momento de relaxar com as medidas de proteção. “Ao mesmo tempo, a Cabesp promove descredenciamento de prestadores inativos, uma vez que as pessoas têm evitado marcar consultas”, critica.
Ainda sobre as mensagens enviadas aos associados (confira imagem que ilustra a matéria), algumas delas sugerem até mesmo para que seja dada a preferência ao uso da telemedicina. Em uma delas, é possível ler: “Evite a realização de exames, consultas e cirurgias eletivas! Procure o serviço médico apenas em casos de emergência”.
Na condição de conselheiro fiscal, Mario Raia observou em reunião do Conselho Fiscal do dia 28 de abril sobre os descredenciamentos em período de pandemia, obtendo as mesmas respostas já mencionadas.
Diante da resposta da Caixa Beneficente sobre os descredenciamentos, a recomendação da Afubesp e associações de representação para quem tiver algum problema é entrar em contato com a Cabesp cobrando o recredenciamento e também enviar mensagem aos seus representantes. Canais de atendimento: Fale Conosco (0800 722 2636) e site www.cabesp.com.br/FaleConosco.
Associações cobram transparência e equidade na governança
As associações e sindicatos também questionaram a Cabesp por meio de carta a respeito das alterações no regulamento que não foram submetidas à aprovação de seus associados. A carta com data de 26 de abril cobra transparência, tratamento justo entre as partes interessadas, e lembra que compete à assembleia geral referendar sobre regulamentos.
Vale lembrar que o último documento compilado com todas as alterações da rede credenciada e procedimentos foi elaborado em 2003, e a partir de 2017 os regulamentos foram retirados do site. Por isso, a carta requereu informações sobre as alterações feitas desde 2003, tal como sua inclusão para consulta pública no site.
Em mais uma resposta vinda de uma advogada da Cabesp – o que se tornou um padrão -, a entidade diz que fornece as informações necessárias para o esclarecimento dos beneficiários por meio do site e com o “auxílio” do Disque Cabesp. Para Camilo Fernandes, presidente da Afubesp, a Cabesp deve respeitar a voz dos beneficiários nos processos de decisão. “Não é aceitável que eles alterem os regulamentos, sem passar por assembleia”, frisa.
> Carta enviada pelas associações sobre regulamentos
> Leia a resposta da Cabesp
Vale lembrar que o último documento compilado com todas as alterações da rede credenciada e procedimentos foi elaborado em 2003, e a partir de 2017 os regulamentos foram retirados do site. Por isso, a carta requereu informações sobre as alterações feitas desde 2003, tal como sua inclusão para consulta pública no site.
Em mais uma resposta vinda de uma advogada da Cabesp – o que se tornou um padrão -, a entidade diz que fornece as informações necessárias para o esclarecimento dos beneficiários por meio do site e com o “auxílio” do Disque Cabesp. Para Camilo Fernandes, presidente da Afubesp, a Cabesp deve respeitar a voz dos beneficiários nos processos de decisão. “Não é aceitável que eles alterem os regulamentos, sem passar por assembleia”, frisa.
> Carta enviada pelas associações sobre regulamentos
> Leia a resposta da Cabesp
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