05/05/2021
Bradesco lucra R$ 6,5 bi no 1º trimestre, mas fecha 8.547 postos de trabalho em um ano
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O Bradesco teve Lucro Líquido Recorrente, que exclui efeitos extraordinários no lucro, de R$ 6,5 bilhões, no 1º trimestre de 2021. Os números representam uma alta de 73,6% em relação ao mesmo período de 2020 e queda de 4,2% no trimestre anterior (o Lucro Líquido Recorrente no 4º trimestre de 2020 foi de R$ 6,8 bilhões). Mesmo com o excelente resultado, o banco fechou 8.547 postos de trabalho em doze meses e 888 no trimestre. Em doze meses, foram fechadas 1.088 agências e abertas 700 unidades de negócios totalizando 3.312 agências e 766 unidades de negócio.
“O país vive uma crise sanitária que está deixando nossa economia em frangalhos, mas o Bradesco continua aumentando seus lucros. O banco lucra ainda mais com a redução do número de funcionários e de agências. A conta sobra para o funcionário e a população, que sofrem as consequências com a sobrecarga de trabalho, o adoecimento e filas para o atendimento. Cobramos que o banco tenha empatia e respeito pelos bancários, que constroem resultados tão expressivos, e pare com as demissões neste momento em que os trabalhadores mais precisam de seus empregos”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
“Mesmo com a redução do quadro de funcionários, o lucro reflete o compromisso dos bancários e bancárias, que em plena pandemia, têm redobrado os esforços para que possa o Bradesco alcançar resultados tão bons. Por isso, eles precisam ser valorizados”, acrescenta Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 18,7%, com alta de 7,0 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. Segundo o relatório do banco, o crescimento observado no resultado, em relação ao 1T20, é reflexo de menores despesas com PDD no período e da redução das despesas operacionais, além do aumento da margem financeira com clientes e mercado e do resultado das operações de seguros.
A Carteira de Crédito Expandida do banco cresceu 7,6% em doze meses, atingindo R$ 705,2 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 13% no período, totalizando R$ 270,2 bilhões, com destaque para o financiamento imobiliário (+38,1%), o crédito consignado (+11,5%) e o crédito rural (+9.3%). As operações com pessoas jurídicas somaram R$ 434,9 bilhões no país, com alta de 4,6% em doze meses. Nesse segmento destacaram-se o capital de giro (+30,7%), o crédito imobiliário (14,5%) e o CDC/ Leasing (+9,2%). O Índice de Inadimplência para atrasos superiores a 90 dias caiu 1,2 p.p., ficando em 2,5% no 1º trimestre. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) foram reduzidas em 35,7% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 4,7 bilhões em março de 2021.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,9% em doze meses, totalizando R$ 6,5 bilhões. As despesas de pessoal considerando a PLR, por sua vez, caíram 4,6%, somando R$ 4,8 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco aumentou para 135,75% no período.
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