31/07/2020
Em meio a crise de Covid-19, Bradesco lucra 7,626 bi no primeiro semestre deste ano
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O Bradesco lucrou R$ 7,626 bilhões no 1º semestre de 2020, queda de 40%, em relação ao mesmo período de 2019 e crescimento de 3,2% comparado ao 1º trimestre de 2020 (o lucro do 2º trimestre foi de R$ 3,873 bilhões).
De acordo com análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados relatório apresentado pelo banco na manhã de quinta-feira (30), a holding encerrou o 1º semestre de 2020 com 96.787 empregados, com redução de 2.411 postos de trabalho em doze meses e foram fechadas 414 agências no período. Apenas no 2º trimestre, período afetado pela pandemia do COVID-19, foram fechados 447 postos de trabalho e 233 agências, apesar do compromisso assumido pelo banco de não demissão enquanto durar a pandemia.
“O compromisso do banco era preservar os empregos, com oportunidades para que os funcionários fossem reaproveitados neste novo modelo. Além da saúde e de preservar a vida, nossa prioridade é garantir o emprego dos funcionários. O balanço demonstra que mesmo em crise o setor continua tendo crescimento e lucro”, lembrou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, mesmo com a redução do lucro, o resultado ainda é expressivo, quando comparado a outros setores da economia que vivem um cenário de crise. “Os bancos são um dos poucos setores que permanecem lucrando, independente do país atravessar sua maior crise pandêmica já vivida na história. Por isso, o Bradesco, assim como as demais instituições, tem condições de atender as reivindicações dos trabalhadores na Campanha Nacional”, avaliou.
A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) ficou em 11,8%, com redução de 8,8 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, as reduções do lucro líquido no período estão relacionadas, principalmente, às maiores despesas com PDD, que foram impactadas pelo reforço de provisão de R$ 3,8 bilhões, em consequência do cenário econômico adverso. No trimestre, porém, o desempenho resultou de redução de 2,5% nos custos em relação ao trimestre anterior e ao crescimento da margem financeira.
Um item com forte impacto nos resultados da instituição foi a conta de impostos e contribuições, que passou de uma despesa de, aproximadamente, R$ 3,8 bilhões para uma receita de R$ 16,7 bilhões, devido à entrada de créditos tributários, revertendo o resultado negativo antes dos impostos, de R$ 9,7 bilhões.
A carteira de crédito expandida do banco apresentou alta de 14,9% em doze meses e 0,9% no trimestre, atingindo R$ 661,1 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 12,3% em doze meses, chegando a R$ 236 bilhões. Os destaques no segmento foram o crédito pessoal (+22,1%), financiamento imobiliário (+18,8%), o crédito rural (+18,0%) e o crédito consignado (+14,2%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 425,1 bilhões, com crescimento de 16,4% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 18,2%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas, cresceu 11,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias caiu 0,2 pontos percentuais em doze meses e ficou em 3%. As despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, subiram 46,6%, totalizando R$ 15,5 bilhões, em função da perspectiva do banco frente ao cenário econômico atual.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 1,1% em doze meses, totalizando R$ 12,9 bilhões. As despesas de pessoal, incluindo a PLR, também caíram no período (-4,6%) atingindo R$ 10,2 bilhões. De acordo com o relatório, esse resultado das despesas de pessoal reflete “benefícios com o plano de desligamento voluntário (PDV) de 2019”, e, no trimestre, à queda na despesa com PLR, em função da queda no lucro. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no período, foi de 127,1%.
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