03/07/2020

Desrespeito aos brasileiros: na pandemia, Santander demite funcionários da Ouvidoria



As sucessivas investidas da direção do Santander contra os seus funcionários em plena pandemia do novo coronavírus (Covid-19) parecem não ter limites.

Mesmo lucrando R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, um montante 10,5% maior do que o mesmo período de 2019, a sanha desenfreada do banco espanhol por cifras exorbitantes continua esmagando a cada dia mais trabalhadores brasileiros.

De acordo com informação divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, as vítimas mais recentes foram pelo menos 26 atendentes da Ouvidoria demitidos na capital paulista, mesmo o banco tendo, em mesa de negociação com o movimento sindical, se comprometido a não demitir durante a pandemia. Para os lugares deles, o Santander adotou uma solução caseira: transferiu o atendimento da Ouvidoria para os bancários do SAC, porém com um salário bem menor. Ou seja, desfalcou o SAC e a Ouvidoria ao mesmo tempo, tudo em nome do lucro fácil.

Ainda segundo a matéria, diante desse tamanho desrespeito, o Sindicato de São Paulo enviou um e-mail para a direção do Santander pedindo esclarecimentos e solicitando que o banco reveja sua posição. “É um total desrespeito em plena pandemia, haja vista que o banco continua a lucrar mesmo com toda a crise sanitária e econômica pela qual passamos”, enfatiza o dirigente sindical Anderson Pirota, bancário do Santander.

"Em relação às demissões, o banco alegou na última negociação, na quarta-feira (1º/07), que foram "ajustes pontuais", todavia, mal feitos, pois sobrecarregaram uma outra área. Temos então dois problemas graves: demitir em plena pandemia e sobrecarregar os trabalhadores que ficam”, acrescenta.

Campanha Mundial contra as demissões

A UNI Global Union, sindicato global que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, lançou uma campanha internacional contra as demissões que o Santander Brasil está promovendo em plena pandemia de coronavírus. No texto do abaixo-assinado online, a UNI lembra que o banco se comprometeu a não demitir durante a pandemia de coronavírus, mas que mesmo assim está quebrando o acordo firmado com a Contraf-CUT, entidade associada à UNI e que representa o Sindicato nas negociações com o banco.

Apoie você também a luta dos trabalhadores do Santander. Assine essa petição que irá à presidência do banco reivindicando o fim das demissões. Compartilhe!

> Acesse a petição aqui: tinyurl.com/y7vw9fao
 
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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