08/05/2020
Pandemia: Santander adota medidas que podem levar bancários ao adoecimento
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco Santander se reuniu por videoconferência na quinta-feira (7) para avaliar e definir ações de enfrentamento às iniciativas do banco, que contrariam orientações do Ministério da Saúde, governadores e prefeitos e colocam em risco a vida de seus funcionários, clientes e da sociedade como um todo.
Segundo os representantes dos trabalhadores, o banco deixou de fazer a sanitização das unidades onde foram confirmados casos de covid-19 e se prepara para romper o isolamento social e retomar as atividades normais, em um momento em que as autoridades destacam a necessidade de paralisação total das atividades em diversos locais do país.
“Estas questões serão debatidas no comitê de crise formado pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, disse a coordenadora COE do Santander, Maria Rosani.
Contrassenso
Para a COE, é um contrassenso o banco espanhol adotar medidas que podem levar funcionários e clientes ao adoecimento e contribuir para o aumento dos casos em toda a sociedade logo depois de anunciar o lucro de R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2019 e uma rentabilidade de 22,3%. Em 2019, o banco já havia apresentado lucro recorde de R$ 14,550 bilhões, crescimento de 17,4%, em relação ao ano anterior.
Os dirigentes sindicais destacaram que, retomar as atividades normais e chamar os clientes para as agências bancárias pode levar à repetição no Brasil de erros cometidos a Europa, que levaram ao colapso do sistema de saúde em diversos países do continente.
Representantes sindicais de diversas regiões do país disseram que diretores de rede de todo o país distribuíram vídeos, com texto enviado pelo banco, dizendo que praticamente 100% das agências estão abertas e orientando que os funcionários distribuíssem os vídeos aos clientes.
Procedimentos de sanitização
Os procedimentos a serem realizados nas agências e em outros locais de trabalho onde houve casos confirmados de covid-19, para garantir a segurança e a saúde dos funcionários, clientes e da população é fechar a agência, realizar a sanitização e afastar todos os funcionários que tiveram contato com a pessoa que foi contagiada para observar se mais alguém foi contagiado e, desta maneira, evitar que estas pessoas contagiem outras.
Para os representantes dos empregados do Santander, flexibilizar as medidas de segurança em um momento que se discute a implantação do lockdonw em diversos pontos do país é uma grande irresponsabilidade. Mostra que o banco está preocupado com o lucro do que com a vida de seus funcionários e clientes.
Fúria espanhola
Os dirigentes sindicais disseram, ainda que, tanto as medidas adotadas pelo Santander, quanto os vídeos dos diretores de rede, seguem a linha ditada pelo presidente do Santander no país, Sérgio Rial.
Segundo os relatos, em videoconferência com funcionários, Rial cobrou o cumprimento de metas e ameaçou demissões caso as mesmas não sejam cumpridas, dizendo, inclusive, que aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade.
Na mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários a Fenaban, os bancos haviam se comprometido a amenizar as cobranças de metas durante o período da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Rial teria afirmado, também, que o banco vai se aproveitar da experiência de home office e do aumento da digitalização bancária ocorridos durante a pandemia para manter esse tipo de atuação e serviço depois que a crise passar.
Segundo os representantes dos trabalhadores, o banco deixou de fazer a sanitização das unidades onde foram confirmados casos de covid-19 e se prepara para romper o isolamento social e retomar as atividades normais, em um momento em que as autoridades destacam a necessidade de paralisação total das atividades em diversos locais do país.
“Estas questões serão debatidas no comitê de crise formado pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, disse a coordenadora COE do Santander, Maria Rosani.
Contrassenso
Para a COE, é um contrassenso o banco espanhol adotar medidas que podem levar funcionários e clientes ao adoecimento e contribuir para o aumento dos casos em toda a sociedade logo depois de anunciar o lucro de R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2019 e uma rentabilidade de 22,3%. Em 2019, o banco já havia apresentado lucro recorde de R$ 14,550 bilhões, crescimento de 17,4%, em relação ao ano anterior.
Os dirigentes sindicais destacaram que, retomar as atividades normais e chamar os clientes para as agências bancárias pode levar à repetição no Brasil de erros cometidos a Europa, que levaram ao colapso do sistema de saúde em diversos países do continente.
Representantes sindicais de diversas regiões do país disseram que diretores de rede de todo o país distribuíram vídeos, com texto enviado pelo banco, dizendo que praticamente 100% das agências estão abertas e orientando que os funcionários distribuíssem os vídeos aos clientes.
Procedimentos de sanitização
Os procedimentos a serem realizados nas agências e em outros locais de trabalho onde houve casos confirmados de covid-19, para garantir a segurança e a saúde dos funcionários, clientes e da população é fechar a agência, realizar a sanitização e afastar todos os funcionários que tiveram contato com a pessoa que foi contagiada para observar se mais alguém foi contagiado e, desta maneira, evitar que estas pessoas contagiem outras.
Para os representantes dos empregados do Santander, flexibilizar as medidas de segurança em um momento que se discute a implantação do lockdonw em diversos pontos do país é uma grande irresponsabilidade. Mostra que o banco está preocupado com o lucro do que com a vida de seus funcionários e clientes.
Fúria espanhola
Os dirigentes sindicais disseram, ainda que, tanto as medidas adotadas pelo Santander, quanto os vídeos dos diretores de rede, seguem a linha ditada pelo presidente do Santander no país, Sérgio Rial.
Segundo os relatos, em videoconferência com funcionários, Rial cobrou o cumprimento de metas e ameaçou demissões caso as mesmas não sejam cumpridas, dizendo, inclusive, que aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade.
Na mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários a Fenaban, os bancos haviam se comprometido a amenizar as cobranças de metas durante o período da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Rial teria afirmado, também, que o banco vai se aproveitar da experiência de home office e do aumento da digitalização bancária ocorridos durante a pandemia para manter esse tipo de atuação e serviço depois que a crise passar.
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