21/01/2020
Sem consultar trabalhadores e entidades, banco Santander muda horário de atendimento
(Foto: Freepik)
A gestão do Santander no Brasil vem desrespeitando os trabalhadores. Desta vez, o horário do atendimento gerencial foi alterado sem consultar os bancários ou as entidades representativas dos trabalhadores, sem processo de negociação ou diálogo.
A mudança veio através de um comunicado, mantendo o horário de atendimento dos caixas entre 10h e 15h, mas aumentando o tempo de atendimento gerencial, que passa a ser entre 9h30 e 16h30 nas agências padrão, das 9h às 17h nas agências Select e pontos de atendimento (PAs). Isso contraria o compromisso assinado pelo Santander de debater alterações deste tipo com a representação dos trabalhadores, o que não aconteceu.
A norma do Banco Central estabelece horário mínimo de atendimento ao cliente de 5 horas, mas não estabelece horário máximo, bem como o artigo 224 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a CCT dos bancários especificam a jornada dos bancários.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a mudança deveria ter sido debatida e mediada pela representação sindical em vez de imposta via comunicado institucional, sem diálogo algum com os trabalhadores.
"A medida acarretará alterações significativas no dia-a-dia dos trabalhadores, o que se pressupõe a necessidade de uma discussão prévia com a classe e as entidades representativas. Da maneira como foi instaurada configura uma prática antissindical e um desrespeito com os bancários".
"O banco se diz preocupado em oferecer um atendimento melhor aos seus clientes, com ampliação do horário, mas segue na contramão reduzindo o quadro de funcionários e sobrecarregando os demais. O resultado será a precarização do atendimento, não por culpa dos bancários, mas como resultado da sobrecarga e das metas abusivas", acrescenta Vicentim.
Soma-se a esta realidade o anúncio feito em dezembro pelo presidente do Santander, Sérgio Rial, de que até abril todas as contratações e promoções estarão congeladas devido ao contexto duvidoso da economia brasileira.
O presidente do Sindicato destaca também que o Santander liderou o ranking de reclamações de clientes ao Banco Central no quarto trimestre de 2019. "Nas agências de todo o país é possível constatar o número reduzido de trabalhadores, com acúmulo de funções e responsabilidades, a precarização do atendimento e das condições de trabalho. Realidade que deverá piorar neste ano, com a ampliação do horário de atendimento aliado a essa defasagem do quadro de funcionários", conclui.
Alterações
A orientação é que os trabalhadores entrem em contato com as entidades representativas para notificar alterações no fluxo de trabalho para que o movimento sindical possa abrir processos de negociação com o Santander quanto as mudanças.
A mudança veio através de um comunicado, mantendo o horário de atendimento dos caixas entre 10h e 15h, mas aumentando o tempo de atendimento gerencial, que passa a ser entre 9h30 e 16h30 nas agências padrão, das 9h às 17h nas agências Select e pontos de atendimento (PAs). Isso contraria o compromisso assinado pelo Santander de debater alterações deste tipo com a representação dos trabalhadores, o que não aconteceu.
A norma do Banco Central estabelece horário mínimo de atendimento ao cliente de 5 horas, mas não estabelece horário máximo, bem como o artigo 224 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a CCT dos bancários especificam a jornada dos bancários.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a mudança deveria ter sido debatida e mediada pela representação sindical em vez de imposta via comunicado institucional, sem diálogo algum com os trabalhadores.
"A medida acarretará alterações significativas no dia-a-dia dos trabalhadores, o que se pressupõe a necessidade de uma discussão prévia com a classe e as entidades representativas. Da maneira como foi instaurada configura uma prática antissindical e um desrespeito com os bancários".
"O banco se diz preocupado em oferecer um atendimento melhor aos seus clientes, com ampliação do horário, mas segue na contramão reduzindo o quadro de funcionários e sobrecarregando os demais. O resultado será a precarização do atendimento, não por culpa dos bancários, mas como resultado da sobrecarga e das metas abusivas", acrescenta Vicentim.
Soma-se a esta realidade o anúncio feito em dezembro pelo presidente do Santander, Sérgio Rial, de que até abril todas as contratações e promoções estarão congeladas devido ao contexto duvidoso da economia brasileira.
O presidente do Sindicato destaca também que o Santander liderou o ranking de reclamações de clientes ao Banco Central no quarto trimestre de 2019. "Nas agências de todo o país é possível constatar o número reduzido de trabalhadores, com acúmulo de funções e responsabilidades, a precarização do atendimento e das condições de trabalho. Realidade que deverá piorar neste ano, com a ampliação do horário de atendimento aliado a essa defasagem do quadro de funcionários", conclui.
Alterações
A orientação é que os trabalhadores entrem em contato com as entidades representativas para notificar alterações no fluxo de trabalho para que o movimento sindical possa abrir processos de negociação com o Santander quanto as mudanças.
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