31/01/2019
Mesmo com lucro de R$ 21,5 bilhões em 2018, banco fechou mais de 200 postos de trabalho
(Foto: Juca Varella/Arquivo Seeb-SP)
O Bradesco lucrou R$ 21,564 bilhões em 2018, com crescimento de 13,4%, em relação a 2017 e de 6,6% no trimestre. Mas, nem isso faz com que o banco valorize o trabalho dos funcionários. Mesmo com os números impressionantes, a holding encerrou o ano de 2018 com 98.605 empregados, com redução de 203 postos de trabalho em doze meses. No trimestre, porém, foram abertos 446 novos postos de trabalho. Em doze meses, foram fechadas 132 agências. As despesas de pessoal caíram 8,9%, atingindo R$ 19,1 bilhões.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Luiz Eduardo Campolungo, o Bradesco, assim como todo o setor financeiro, não tem qualquer justificativa para demitir.
"Os lucros e o número de clientes são cada vez maiores. Com esse resultado, o banco tem todas as condições para gerar mais emprego e poupar a saúde de seus trabalhadores. Entretanto, reduziu o número de agências. Menos bancários, menos agências e mais clientes. O resultado dessa equação não poderia ser outro: mais sobrecarga e adoecimento para os bancários e um atendimento cada vez mais precarizado para os clientes", ressalta o diretor.
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A população também participou do lucro, mas de maneira negativa. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 5,0% em doze meses, totalizando R$ 25,2 bilhões.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 19,0%, com aumento de 0,9 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, o bom desempenho do resultado operacional foi impulsionado pela performance da margem financeira, redução das despesas com PDD, pelo crescimento das receitas de prestação de serviços e pelo resultado com operações de seguros, previdência e capitalização.
A Carteira de Crédito do banco apresentou crescimento de 7,8% em doze meses e 1,6% no trimestre, atingindo R$ 531,6 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 11,0% em doze meses, chegando a R$ 194,7 bilhões. Os segmentos com maior destaque para PF foram o crédito pessoal (+17,8%), o consignado (+15,8%) e o CDC/LEASING Veículos (+14,0%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 336,9 bilhões, com crescimento de 6,1% em doze meses. A principal alta ocorreu nas operações com micro, pequenas e médias empresas (10,1%) e a conta de Grandes Empresas cresceu 4,5%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias reduziu-se em 0,8 p.p em doze meses, ficando em 3,5%. As despesas com PDD foram reduzidas em 27,3%, totalizando R$ 18,2 bilhões.
> Bradesco paga 2ª parcela da PLR dia 6
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