23/11/2018

Presidente do Bradesco anuncia que pretende fechar mais 150 agências bancárias em 2019


 

O presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou, na terça-feira (20), que pretende fechar 150 agências ainda em 2018 e mais 150 em 2019. Lazari disse que o Bradesco espera que seu banco digital alcance o ponto de equilíbrio até junho. O banco apenas digital tem 500 mil clientes, uma fração dos 24 milhões de correntistas do Bradesco.

A declaração acontece poucos dias depois do banco ter anunciado um lucro de R$ 15,7 bilhões nos noves primeiros meses de 2018, um crescimento de 11,1%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 6,0% na comparação ao trimestre anterior. Em doze meses, já foram fechadas 193 agências e 35 postos de atendimento (PA).

“Nós queremos saber quais agências serão fechadas e como os funcionários de cada uma delas será realocado. Este é um processo que precisa ser discutido com a representação dos bancários, pois influencia na vida de muitos trabalhadores”, questionou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco.

Magaly afirma que a cláusula 54 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do bancários, de realocação e requalificação profissional, está pautada com o banco com o objetivo de que o Bradesco faça adesão à presente cláusula, que trata de situações específicas decorrentes de reestruturações organizacionais.

O tema será uma das pautas da reunião entre a COE Bradesco e a direção do banco, marcada para o dia 11 de dezembro.

Júlio César Trigo, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, destaca que quando houve a incorporação do HSBC, o banco prometeu que não fecharia agências. E que a redução de postos de trabalho e de pessoal sobrecarrega os funcionários que permanecem nas unidades e prejudica os clientes, que tem menos postos de atendimento e precisam esperar mais tempo nas filas. 

"O Bradesco já possui uma gestão focada em pressão e concorrência, o que leva também ao aumento do assédio moral. Com o fechamento de agências e a não realocação de todos esses profissionais, a sobrecarga de trabalho e a cobrança por metas abusivas cresce consideravelmente, levando o trabalhador, vítima de estresse constante, ao adoecimento".

Denuncie – O bancário que se sentir assediado moralmente, que receber cobrança via WhatsApp ou que for prejudicado por conta da pressão excessiva, deve denunciar ao Sindicato diretamente a um dirigente sindical, pelo canal Denuncie ou pelo Whatsapp da entidade (17 99259-1987). O sigilo é absoluto. 
Fonte: Fetec/SP, com edição de Seeb Catanduva

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