29/06/2016
Na moita, terceirização vai tomando conta de tudo no Bradesco
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Aos poucos, o Bradesco está terceirizando todo o atendimento de pessoas jurídicas. Segundo denúncias recebidas pelo Sindicato, projeto-piloto no Telebanco Santana, concentração bancária localizada na capital paulista, delegou para a prestadora de serviço Atento o atendimento de empresas de grande porte.
“A Atento já era responsável pelas pequenas e médias empresas. Agora, o banco está repassando para os terceirizados também as grandes empresas, serviço até então de atribuição exclusiva dos bancários. Soubemos que dez postos de atendimento foram instalados para este fim e que gestores do Bradesco repassam para os treinadores da Atento os procedimentos necessários. Aos poucos, sem gerar alarde, o banco vai terceirizando todos os seus serviços”, explica o dirigente sindical Marcos Amaral, o Marquinhos, do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“A terceirização é ruim para o trabalhador e também para o cliente. O terceirizado trabalha em média três horas a mais por semana, no setor bancário ganha 70% menos e não possui os mesmos direitos do contratado direto. Já o cliente, sem saber, entrega dados sigilosos para empresas que desconhece”, acrescenta.
Muro da vergonha
Outro grave problema relacionado à terceirização no Telebanco Santana é a forma como o Bradesco tenta evitar o contato entre bancários e terceirizados, que trabalham no mesmo andar e prestam o mesmo serviço.
“São separados por uma divisória que impede até mesmo o contato visual entre os dois grupos. Além disso, entram por portas diferentes. Segregação total. O Bradesco não quer o terceirizado comparando remuneração e direitos com o bancário. É o verdadeiro muro da vergonha”, critica Marquinhos.
“Na surdina, o banco tenta terceirizar tudo. Por isso, são tão importantes as denúncias dos funcionários. O Sindicato já procurou o Bradesco para tratar dessa questão da terceirização no Telebanco Santana, mas não teve retorno. Assim, vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis para impedir esse verdadeiro assalto à legislação trabalhista. Quem trabalha em banco, bancário é”, conclui o dirigente sindical.
Atualização
Após publicação desta matéria pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o banco entrou em contato com o Sindicato para informar que, além dos bancários, duas empresas prestam serviços no Telebanco Santana: Scopus, suporte de equipamentos da Net Empresa (plataforma digital de atendimento PJ); e a Atento, responsável pelo help desk da navegação no sistema.
Segundo o Bradesco, apenas bancários têm acesso a dados sigilosos de clientes. Sobre a separação de terceirizados e bancários, diz ser necessária já que são funcionários de empresas diferentes, protegendo assim dados sigilosos. A instituição ainda admite a existência de prepostos, contratados diretamente por ela, que fiscalizam as atividades da Atento, mas diz não existir relação de subordinação.
Denuncie
Para fortalecer a luta contra a terceirização, os trabalhadores devem denunciar a prática ao Sindicato por meio dos dirigentes ou pelo Denuncie. O sigilo é garantido.
“A Atento já era responsável pelas pequenas e médias empresas. Agora, o banco está repassando para os terceirizados também as grandes empresas, serviço até então de atribuição exclusiva dos bancários. Soubemos que dez postos de atendimento foram instalados para este fim e que gestores do Bradesco repassam para os treinadores da Atento os procedimentos necessários. Aos poucos, sem gerar alarde, o banco vai terceirizando todos os seus serviços”, explica o dirigente sindical Marcos Amaral, o Marquinhos, do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“A terceirização é ruim para o trabalhador e também para o cliente. O terceirizado trabalha em média três horas a mais por semana, no setor bancário ganha 70% menos e não possui os mesmos direitos do contratado direto. Já o cliente, sem saber, entrega dados sigilosos para empresas que desconhece”, acrescenta.
Muro da vergonha
Outro grave problema relacionado à terceirização no Telebanco Santana é a forma como o Bradesco tenta evitar o contato entre bancários e terceirizados, que trabalham no mesmo andar e prestam o mesmo serviço.
“São separados por uma divisória que impede até mesmo o contato visual entre os dois grupos. Além disso, entram por portas diferentes. Segregação total. O Bradesco não quer o terceirizado comparando remuneração e direitos com o bancário. É o verdadeiro muro da vergonha”, critica Marquinhos.
“Na surdina, o banco tenta terceirizar tudo. Por isso, são tão importantes as denúncias dos funcionários. O Sindicato já procurou o Bradesco para tratar dessa questão da terceirização no Telebanco Santana, mas não teve retorno. Assim, vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis para impedir esse verdadeiro assalto à legislação trabalhista. Quem trabalha em banco, bancário é”, conclui o dirigente sindical.
Atualização
Após publicação desta matéria pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o banco entrou em contato com o Sindicato para informar que, além dos bancários, duas empresas prestam serviços no Telebanco Santana: Scopus, suporte de equipamentos da Net Empresa (plataforma digital de atendimento PJ); e a Atento, responsável pelo help desk da navegação no sistema.
Segundo o Bradesco, apenas bancários têm acesso a dados sigilosos de clientes. Sobre a separação de terceirizados e bancários, diz ser necessária já que são funcionários de empresas diferentes, protegendo assim dados sigilosos. A instituição ainda admite a existência de prepostos, contratados diretamente por ela, que fiscalizam as atividades da Atento, mas diz não existir relação de subordinação.
Denuncie
Para fortalecer a luta contra a terceirização, os trabalhadores devem denunciar a prática ao Sindicato por meio dos dirigentes ou pelo Denuncie. O sigilo é garantido.
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