30/10/2019
Neoliberalismo levou à convulsões sociais pela América Latina; Primeiro as pessoas!
(Arte: Linton Publio)
Nos últimos meses, a América Latina vive uma onda de insatisfação popular contra governos que adotam políticas neoliberais, que priorizam apenas o mercado em detrimento das populações.
O Equador se insurgiu contra cortes nos direitos dos trabalhadores, perdão de dívidas de grandes empresas, empréstimo do FMI e fim dos subsídios aos combustíveis, o que levou a um aumento de 120% no preço do diesel. Diante dos protestos, o presidente Lenin Moreno revogou o fim dos subsídios aos combustíveis. A mobilização continua.
Já os chilenos tomaram as ruas contra medidas neoliberais. Contra um modelo de previdência capitalizada - no qual a cobertura é de apenas 17,2% da população (no Brasil é de 62,3%) e 80% dos aposentados recebe menos de um salário mínimo, o que levou o índice de pobreza entre idosos acima de 65 anos a 11,1% (no Brasil é de 5,3%) – e contra a privatização ampla de serviços públicos e recursos naturais.
Diante dos gigantescos protestos, o governo divulgou um pacote de medidas que inclui: revogação do reajuste do metrô; aumento nas aposentadorias; elevação dos impostos para os mais ricos; estabilização da tarifa de energia; ajuda mínima de 350 mil pesos chilenos (cerca de R$ 1.970) para trabalhadores com jornada completa que tenham salário inferior a esse valor; além de pedir a renúncia de ministros. A mobilização continua.
Já a Argentina deu um sonoro não às políticas neoliberais de Maurício Macri ao eleger presidente, em primeiro turno, o oposicionista Alberto Fernandez.
No Brasil, desde novembro de 2016 o país segue a cartilha neoliberal. Vieram PEC da Morte, que congelou investimentos públicos por 20 anos; reforma trabalhista, que cortou direitos dos trabalhadores, não resultou em geração de empregos e precarizou contratos; e a aprovação da reforma da Previdência, que fará os brasileiros trabalharem mais para receber menos; além do desmonte e privatização de empresas públicas.
Quando analisados os rumos adotados pelo Brasil nos últimos anos, as semelhanças com as políticas neoliberais que levaram aos protestos pela América Latina são gigantescas. Essas mobilizações e seus resultados mostram que é possível, com a pressão das ruas, barrar retrocessos nos direitos sociais e dos trabalhadores. É preciso nos inspirar para fazer com que o Estado brasileiro volte a priorizar as pessoas.
Fonte: Seeb SP
O Equador se insurgiu contra cortes nos direitos dos trabalhadores, perdão de dívidas de grandes empresas, empréstimo do FMI e fim dos subsídios aos combustíveis, o que levou a um aumento de 120% no preço do diesel. Diante dos protestos, o presidente Lenin Moreno revogou o fim dos subsídios aos combustíveis. A mobilização continua.
Já os chilenos tomaram as ruas contra medidas neoliberais. Contra um modelo de previdência capitalizada - no qual a cobertura é de apenas 17,2% da população (no Brasil é de 62,3%) e 80% dos aposentados recebe menos de um salário mínimo, o que levou o índice de pobreza entre idosos acima de 65 anos a 11,1% (no Brasil é de 5,3%) – e contra a privatização ampla de serviços públicos e recursos naturais.
Diante dos gigantescos protestos, o governo divulgou um pacote de medidas que inclui: revogação do reajuste do metrô; aumento nas aposentadorias; elevação dos impostos para os mais ricos; estabilização da tarifa de energia; ajuda mínima de 350 mil pesos chilenos (cerca de R$ 1.970) para trabalhadores com jornada completa que tenham salário inferior a esse valor; além de pedir a renúncia de ministros. A mobilização continua.
Já a Argentina deu um sonoro não às políticas neoliberais de Maurício Macri ao eleger presidente, em primeiro turno, o oposicionista Alberto Fernandez.
No Brasil, desde novembro de 2016 o país segue a cartilha neoliberal. Vieram PEC da Morte, que congelou investimentos públicos por 20 anos; reforma trabalhista, que cortou direitos dos trabalhadores, não resultou em geração de empregos e precarizou contratos; e a aprovação da reforma da Previdência, que fará os brasileiros trabalharem mais para receber menos; além do desmonte e privatização de empresas públicas.
Quando analisados os rumos adotados pelo Brasil nos últimos anos, as semelhanças com as políticas neoliberais que levaram aos protestos pela América Latina são gigantescas. Essas mobilizações e seus resultados mostram que é possível, com a pressão das ruas, barrar retrocessos nos direitos sociais e dos trabalhadores. É preciso nos inspirar para fazer com que o Estado brasileiro volte a priorizar as pessoas.
Fonte: Seeb SP
SINDICALIZE-SE
MAIS ARTIGOS
- Bancários são CLT Premium?
- Primeira mesa com banqueiros vai discutir o emprego bancário
- Algoritmos a serviço do lucro e da propagação do discurso de ódio
- PLR é resultado da luta dos trabalhadores!
- Banesprev: O Plano II e as contribuições extraordinárias
- Impacto da inteligência artificial nos empregos: tecnologia não pode ser vilã
- CABESP: Fraude e Desperdício na área da Saúde
- Reajuste salarial dos bancários representa acréscimo anual de R$ 2,7 bilhões na economia
- Negociação coletiva é o melhor instrumento para tratar das questões do mundo do trabalho
- A Caixa é do Brasil e não moeda de troca política
- Funcef: entrevista exclusiva com presidente Ricardo Pontes
- O que muda com a Reforma Tributária?
- Bancos públicos devem voltar a estimular a economia por meio da oferta de crédito
- Demissão em Massa - Quais são os direitos de quem foi demitido?
- Mulheres à frente de bancos públicos representam avanços em conquistas históricas