25/11/2018
25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulher
25 de novembro é o Dia internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. A data ficou conhecida mundialmente por conta do episódio ocorrido, em 1960, com as irmãs dominicanas Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seus pais e foram perseguidas, diversas vezes presas, até serem brutalmente assassinadas por agentes do governo militar.
O dia foi escolhido durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981, em homenagem as três irmãs ativistas políticas e como inspiração para a luta por mais justiça social e por um mundo sem violência contra a mulher.
Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, a data é de conscientização, de luta, de mobilização. “Infelizmente, os números de violência praticada contra as mulheres são alarmantes e eles só crescem. O crime cometido contra Marielle Franco é mais um exemplo de como casos como esses estão se tornando recorrentes e que as mulheres precisam se unir e gritar: “basta” para tanta violência”.
A violência contra a mulher no Brasil é cada vez mais preocupante. Os altos índices de feminicídios registrados, no Mapa da Violência de 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, mostram que o país tem a quinta maior taxa de homicídio de mulheres do mundo (conforme dados da OMS que analisou 83 países).
Apenas em 2013, foram registrados 4,8 homicídios a cada grupo de 100 mil mulheres.
Quando comparados por raça, esses números se tornam ainda mais alarmantes. O número de homicídios contra mulheres negras aumentou 54% entre 2003 e 2013. Já o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8% no mesmo período.
O Mapa da Violência aponta, ainda, que 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% foram cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
“Esses dados comprovam o quanto as mulheres, principalmente as negras e lésbicas, são vítimas da violência. É fundamental que as mulheres não se calem e denunciem qualquer tipo de agressão ou discriminação”, finalizou Elaine Cutis.
Impactos das políticas de austeridades na violência contra a mulher
Para Elaine Cutis, o corte de investimentos, promovido pelo atual governo, contribuiu para o crescimento dos casos de violência contra a mulher. “Enquanto a violência contra a mulher só aumenta, o governo atual reduziu o orçamento para políticas públicas voltadas para mulheres. Isso mostra quão grande é o descaso dos governantes sobre o assunto”, comentou.
De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em agosto de 2018, o corte no orçamento foi de 83% para políticas para mulheres e enfrentamento à violência, 16% para inclusão social por meio do bolsa família, 71,3% para igualdade racial e superação do racismo, 95,6% para os direitos da juventude, 57,9 para a promoção e defesa dos direitos humanos.
O dia foi escolhido durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981, em homenagem as três irmãs ativistas políticas e como inspiração para a luta por mais justiça social e por um mundo sem violência contra a mulher.
Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, a data é de conscientização, de luta, de mobilização. “Infelizmente, os números de violência praticada contra as mulheres são alarmantes e eles só crescem. O crime cometido contra Marielle Franco é mais um exemplo de como casos como esses estão se tornando recorrentes e que as mulheres precisam se unir e gritar: “basta” para tanta violência”.
A violência contra a mulher no Brasil é cada vez mais preocupante. Os altos índices de feminicídios registrados, no Mapa da Violência de 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, mostram que o país tem a quinta maior taxa de homicídio de mulheres do mundo (conforme dados da OMS que analisou 83 países).
Apenas em 2013, foram registrados 4,8 homicídios a cada grupo de 100 mil mulheres.
Quando comparados por raça, esses números se tornam ainda mais alarmantes. O número de homicídios contra mulheres negras aumentou 54% entre 2003 e 2013. Já o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8% no mesmo período.
O Mapa da Violência aponta, ainda, que 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% foram cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
“Esses dados comprovam o quanto as mulheres, principalmente as negras e lésbicas, são vítimas da violência. É fundamental que as mulheres não se calem e denunciem qualquer tipo de agressão ou discriminação”, finalizou Elaine Cutis.
Impactos das políticas de austeridades na violência contra a mulher
Para Elaine Cutis, o corte de investimentos, promovido pelo atual governo, contribuiu para o crescimento dos casos de violência contra a mulher. “Enquanto a violência contra a mulher só aumenta, o governo atual reduziu o orçamento para políticas públicas voltadas para mulheres. Isso mostra quão grande é o descaso dos governantes sobre o assunto”, comentou.
De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em agosto de 2018, o corte no orçamento foi de 83% para políticas para mulheres e enfrentamento à violência, 16% para inclusão social por meio do bolsa família, 71,3% para igualdade racial e superação do racismo, 95,6% para os direitos da juventude, 57,9 para a promoção e defesa dos direitos humanos.
“A defesa da mulher, a criação e manutenção de políticas que fortaleçam, sobretudo, a luta contra a violência devem ser prioridades não apenas neste mês dedicado a elas. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região sempre defendeu a igualdade de genêro, melhores condições de trabalho e respeito. E, diante deste cenário de retrocessos promovido pelo governo Temer e, sobnretudo, frente ao novo governo, faz-se ainda mais engajado pela garantia do direitos femininos, pela democracia e para que se mantenha e amplie as politicas públicas para as mulheres”, destaca o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
"É necessário que falemos cada vez mais sobre o assunto para que maior seja a sua visibilidade. A violência contra a mulher não ocorre apenas no âmbito familiar, mas está em todos os lugares: nas ruas, no ambiente corporativo, nos transportes públicos. Divulgar é também combater. Precisamos estar atentos ao cumprimento das leis para que, de fato, as mulheres sejam respeitadas como merecem ser", conclui o dirigente.
"É necessário que falemos cada vez mais sobre o assunto para que maior seja a sua visibilidade. A violência contra a mulher não ocorre apenas no âmbito familiar, mas está em todos os lugares: nas ruas, no ambiente corporativo, nos transportes públicos. Divulgar é também combater. Precisamos estar atentos ao cumprimento das leis para que, de fato, as mulheres sejam respeitadas como merecem ser", conclui o dirigente.
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