30/10/2018
Editorial Fenae: Greve de 1985 deixa legado importante para a luta em defesa da Caixa
Comemoração da data histórica, um marco no calendário de lutas dos empregados do banco, ocorre nesta terça-feira, dia 30. A resistência será a principal tarefa de um novo ciclo de mobilizações para derrotar o desmonte do patrimônio público, na Caixa e no Brasil
O movimento dos trabalhadores não deixa ninguém pelo caminho. Resistir é fundamental. Resistir ao autoritarismo e às ameaças privatistas, na Caixa Econômica Federal e no Brasil, é imprescindível. E resistir é, antes de qualquer tarefa, o único caminho que o momento conjuntural reserva aos trabalhadores de um banco 100% público, forte, social e a serviço da população brasileira. A mobilização, hoje, está sintonizada com os princípios da campanha nacional “Não tem sentido”, lançada pela Fenae em outubro deste ano.
A deflagração de movimentos nacionais fortes, amplos e unificados não é novidade entre os empregados da Caixa. No passado, há exatos 33 anos, quando o país vivia em clima de tensão pelo fim da ditadura militar, a primeira paralisação na empresa ocorreu em 30 de outubro de 1985. Foi uma greve histórica de 24 horas, com adesão de praticamente 100% nas agências e unidades do país, construída a partir da mobilização dos então auxiliares de escritório, que recebiam salários inferiores aos escriturários na carreira técnico-administrativa.
Mais do que uma greve pela jornada de seis horas e pelo direito à sindicalização, com o reconhecimento da condição de bancário para os empregados da Caixa, o movimento de 30 de outubro de 1985 revelou a repactuação do banco com a defesa do desenvolvimento do país. Esse caminho mostrou-se necessário, urgente e vital, constituindo no maior aliado da luta de todos os brasileiros para garantir a democracia, o patrimônio público, os direitos humanos e a soberania nacional. Essa trajetória, aliás, é a mais eficaz para combater os planos do governo federal, o atual e o eleito em segundo turno, com vistas a enfraquecer ou privatizar o banco.
A greve de 1985 foi um marco no calendário de lutas dos empregados da Caixa. Essa mobilização de caráter permanente revelou naquele momento o que a categoria tem revelado ao longo de todos esses anos: quando existe unidade, apesar das diferenças ideológicas, a busca por conquistas fica um pouco mais facilitada. Existem situações em que avançamos mais e outras em que o avanço é menor. O mais importante é que a luta não pode parar. Não é pouca coisa que se encontra em jogo, mas a defesa do Brasil, dos direitos dos trabalhadores e da manutenção da Caixa 100% pública.
A greve de 30 de outubro de 1985 deixou um legado importante: a certeza de que a mobilização é indispensável para que a Caixa não deixe de ser o banco da casa própria, do saneamento básico, da poupança, do Fies, do Bolsa Família e dos municípios. Isso só será possível com a manutenção do seu caráter 100% público, sendo fundamental que empregados e população se unam em defesa dessa importante reivindicação.
São 33 anos de uma greve histórica que integra todo um esforço de uma vitalidade da resistência, abrindo uma esperança de um novo ciclo de mobilizações para derrotar o desmonte do patrimônio público, na Caixa e no Brasil. Nesse sentido, é preciso declarar que os trabalhadores da empresa não fogem à luta e não vão faltar a essa missão histórica.
Fonte: Fenae
O movimento dos trabalhadores não deixa ninguém pelo caminho. Resistir é fundamental. Resistir ao autoritarismo e às ameaças privatistas, na Caixa Econômica Federal e no Brasil, é imprescindível. E resistir é, antes de qualquer tarefa, o único caminho que o momento conjuntural reserva aos trabalhadores de um banco 100% público, forte, social e a serviço da população brasileira. A mobilização, hoje, está sintonizada com os princípios da campanha nacional “Não tem sentido”, lançada pela Fenae em outubro deste ano.
A deflagração de movimentos nacionais fortes, amplos e unificados não é novidade entre os empregados da Caixa. No passado, há exatos 33 anos, quando o país vivia em clima de tensão pelo fim da ditadura militar, a primeira paralisação na empresa ocorreu em 30 de outubro de 1985. Foi uma greve histórica de 24 horas, com adesão de praticamente 100% nas agências e unidades do país, construída a partir da mobilização dos então auxiliares de escritório, que recebiam salários inferiores aos escriturários na carreira técnico-administrativa.
Mais do que uma greve pela jornada de seis horas e pelo direito à sindicalização, com o reconhecimento da condição de bancário para os empregados da Caixa, o movimento de 30 de outubro de 1985 revelou a repactuação do banco com a defesa do desenvolvimento do país. Esse caminho mostrou-se necessário, urgente e vital, constituindo no maior aliado da luta de todos os brasileiros para garantir a democracia, o patrimônio público, os direitos humanos e a soberania nacional. Essa trajetória, aliás, é a mais eficaz para combater os planos do governo federal, o atual e o eleito em segundo turno, com vistas a enfraquecer ou privatizar o banco.
A greve de 1985 foi um marco no calendário de lutas dos empregados da Caixa. Essa mobilização de caráter permanente revelou naquele momento o que a categoria tem revelado ao longo de todos esses anos: quando existe unidade, apesar das diferenças ideológicas, a busca por conquistas fica um pouco mais facilitada. Existem situações em que avançamos mais e outras em que o avanço é menor. O mais importante é que a luta não pode parar. Não é pouca coisa que se encontra em jogo, mas a defesa do Brasil, dos direitos dos trabalhadores e da manutenção da Caixa 100% pública.
A greve de 30 de outubro de 1985 deixou um legado importante: a certeza de que a mobilização é indispensável para que a Caixa não deixe de ser o banco da casa própria, do saneamento básico, da poupança, do Fies, do Bolsa Família e dos municípios. Isso só será possível com a manutenção do seu caráter 100% público, sendo fundamental que empregados e população se unam em defesa dessa importante reivindicação.
São 33 anos de uma greve histórica que integra todo um esforço de uma vitalidade da resistência, abrindo uma esperança de um novo ciclo de mobilizações para derrotar o desmonte do patrimônio público, na Caixa e no Brasil. Nesse sentido, é preciso declarar que os trabalhadores da empresa não fogem à luta e não vão faltar a essa missão histórica.
Fonte: Fenae
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