15/10/2025
Audiência na Câmara celebra 40 anos da primeira greve nacional dos bancários

A Câmara dos Deputados realizou, nesta terça-feira (14), audiência pública em celebração aos 40 anos da primeira greve nacional dos bancários, realizada em setembro de 1985. O evento, promovido pela Comissão de Trabalho (CTRAB), reuniu lideranças sindicais e parlamentares para resgatar a trajetória de luta da categoria e reafirmar a importância da mobilização coletiva na defesa dos direitos trabalhistas e da democracia.
Durante a audiência, os participantes relembraram o contexto político da época, quando o Brasil vivia o processo de redemocratização após 21 anos de ditadura militar. A paralisação de 1985 foi um marco na reorganização sindical e abriu caminho para a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das federações bancárias regionais.
Autor do requerimento da audiência, o deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) destacou que a greve teve papel decisivo na resistência política. “Foi uma greve que, além da pauta salarial, teve um caráter político fundamental. Lembrar essa trajetória é lembrar que podemos resistir para preservar patrimônios do povo brasileiro, como a Caixa Econômica Federal”, afirmou.
O diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel Sousa, ressaltou que a categoria comemora dois grandes feitos de 1985 - a primeira greve nacional após a ditadura e, no mês seguinte, 30 de outubro, a greve dos empregados da Caixa, que garantiu o reconhecimento dos economiários como bancários, com direito à jornada de seis horas e à sindicalização.
Durante a audiência, os participantes relembraram o contexto político da época, quando o Brasil vivia o processo de redemocratização após 21 anos de ditadura militar. A paralisação de 1985 foi um marco na reorganização sindical e abriu caminho para a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das federações bancárias regionais.
Autor do requerimento da audiência, o deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) destacou que a greve teve papel decisivo na resistência política. “Foi uma greve que, além da pauta salarial, teve um caráter político fundamental. Lembrar essa trajetória é lembrar que podemos resistir para preservar patrimônios do povo brasileiro, como a Caixa Econômica Federal”, afirmou.
O diretor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel Sousa, ressaltou que a categoria comemora dois grandes feitos de 1985 - a primeira greve nacional após a ditadura e, no mês seguinte, 30 de outubro, a greve dos empregados da Caixa, que garantiu o reconhecimento dos economiários como bancários, com direito à jornada de seis horas e à sindicalização.

Força coletiva
A celebração também resgatou a força simbólica do movimento no processo de redemocratização. O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, observou que as greves da década de 1980 foram fundamentais para redefinir o papel do sindicalismo no Brasil e reafirmar a autonomia dos trabalhadores. Ele defendeu que olhar para o passado é essencial para compreender e transformar o presente, lembrando que “toda conquista se reverbera na história.”
Cardoso, vice-presidente da Fenae, lembrou que o movimento histórico mostrou a força e a capacidade de organização da categoria. “Naquele mesmo ano, os empregados da Caixa também foram à luta e, a partir de 1985, passamos a ser reconhecidos como bancários. Somos de luta, somos fortes. Agradeço ao deputado Daniel Almeida e à deputada Erika Kokay pela homenagem”, reconheceu.
O deputado Tadeu Veneri (PT/PR), bancário do Banco do Brasil e participante da greve de 1985, reforçou o valor de manter viva a memória coletiva. “Foi um período difícil, mas conseguimos unificar a categoria para outras lutas, que hoje se tornaram conquistas", declarou.
A deputada Erika Kokay (PT/DF), empregada da Caixa à época, também relembrou o contexto vivido pelos trabalhadores. “Era um momento de ebulição social. Fizemos a primeira greve da história da Caixa para conquistar a jornada de seis horas e o direito de conduzir nossa própria história”, afirmou.
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