31/07/2025
Bradesco lucra R$ 11,9 bilhões no 1º semestre de 2025 e segue fechando agências e postos de trabalho

O Bradesco encerrou o primeiro semestre de 2025 com um Lucro Líquido Recorrente de R$ 11,931 bilhões, resultado que representa um crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período de 2024. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 3,5%, já que o banco havia registrado lucro de R$ 5,864 bilhões nos três primeiros meses e R$ 6,067 bilhões no segundo trimestre.
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou 14,6%, com aumento de 3,5 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório divulgado pelo próprio banco, a principal razão para essa melhora da rentabilidade foi o desempenho das receitas, que chegaram a R$ 34 bilhões no trimestre – alta de 15,1% em relação ao ano anterior.
Entre os principais destaques estão o crescimento da margem financeira total (+15,8%), das receitas com serviços (+5,3%) e dos resultados com seguros, que subiram 33,4% e registraram um ROE de 21,4%.
Mais lucro, menos emprego
Mesmo com os resultados expressivos, o Bradesco segue promovendo cortes de pessoal e de unidades físicas de atendimento, o que afeta negativamente tanto os trabalhadores quanto os clientes. Em junho de 2025, o banco tinha 82.147 funcionários em sua holding, sendo 70.724 no Banco Bradesco, o que representa uma redução de 2.564 postos de trabalho em doze meses — 1.218 deles apenas no último trimestre.
O número de agências também caiu significativamente: foram fechadas 342 agências, 1.067 postos de atendimento (PA e PAE) e 127 unidades de negócios em doze meses. Em junho de 2025, o banco contava com 2.168 agências, 2.376 postos de atendimento e 682 unidades de negócios.
"Essa política revela um total descompromisso com seus funcionários e com a população. O banco lucra com as altas tarifas e juros cobrados dos clientes, mas entrega um atendimento precarizado, fruto da sobrecarga e da redução do quadro de pessoal. O que está em jogo é o acesso da sociedade ao sistema financeiro e a própria economia das cidades, que perdem empregos e circulação de renda quando uma agência fecha as portas. É hora do Bradesco praticar, de fato, a responsabilidade social que tanto divulga em sua propaganda", destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
A justificativa apresentada pelo banco em seu relatório foi a de que os cortes seguem "em linha com a estratégia de otimização do custo de servir", ao mesmo tempo em que afirma estar reforçando equipes de tecnologia, operações e negócios.
Para Erica de Oliveira, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o cenário é preocupante. “Os números são cristalinos: o banco segue reduzindo o custo de servir, fechando agências físicas e reduzindo postos de trabalho. Semestre após semestre, o lucro cresce e o volume do emprego bancário diminui, e mais agências fecham. Bom atendimento se faz com rede adequada e com trabalhadores bancários. Esse deveria ser o diferencial do Bradesco”, critica.
Expansão da carteira e inadimplência em queda
A Carteira de Crédito Expandida do Bradesco superou a marca de R$ 1 trilhão em junho de 2025, com crescimento de 11,7% em doze meses e 1,3% no trimestre. A carteira de pessoa física cresceu 15,9% no período, somando R$ 442,4 bilhões, com destaque para o crédito pessoal (+17,5%), crédito imobiliário (+17,6%) e crédito rural (+89,1%).
Já o segmento de pessoa jurídica cresceu 8,6%, chegando a R$ 576,0 bilhões. O saldo da carteira para grandes empresas ficou estável (-0,2%), enquanto houve alta expressiva de 25,2% nas micro, pequenas e médias empresas.
A inadimplência acima de 90 dias recuou para 4,1%, queda de 0,2 ponto percentual em relação a junho de 2024.
Tarifas seguem crescendo mais que despesas de pessoal
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 5,3%, totalizando R$ 15 bilhões. Já as despesas com pessoal, considerando o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cresceram 9%, somando quase R$ 13 bilhões. Com isso, o banco cobriu 115,8% das despesas de pessoal com as receitas secundárias, evidenciando que os custos com a força de trabalho seguem mais do que cobertos pelas cobranças feitas aos clientes.
A base de clientes também aumentou, com 1,1 milhão de novos correntistas em doze meses, totalizando 74 milhões de clientes.
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou 14,6%, com aumento de 3,5 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório divulgado pelo próprio banco, a principal razão para essa melhora da rentabilidade foi o desempenho das receitas, que chegaram a R$ 34 bilhões no trimestre – alta de 15,1% em relação ao ano anterior.
Entre os principais destaques estão o crescimento da margem financeira total (+15,8%), das receitas com serviços (+5,3%) e dos resultados com seguros, que subiram 33,4% e registraram um ROE de 21,4%.
Mais lucro, menos emprego
Mesmo com os resultados expressivos, o Bradesco segue promovendo cortes de pessoal e de unidades físicas de atendimento, o que afeta negativamente tanto os trabalhadores quanto os clientes. Em junho de 2025, o banco tinha 82.147 funcionários em sua holding, sendo 70.724 no Banco Bradesco, o que representa uma redução de 2.564 postos de trabalho em doze meses — 1.218 deles apenas no último trimestre.
O número de agências também caiu significativamente: foram fechadas 342 agências, 1.067 postos de atendimento (PA e PAE) e 127 unidades de negócios em doze meses. Em junho de 2025, o banco contava com 2.168 agências, 2.376 postos de atendimento e 682 unidades de negócios.
"Essa política revela um total descompromisso com seus funcionários e com a população. O banco lucra com as altas tarifas e juros cobrados dos clientes, mas entrega um atendimento precarizado, fruto da sobrecarga e da redução do quadro de pessoal. O que está em jogo é o acesso da sociedade ao sistema financeiro e a própria economia das cidades, que perdem empregos e circulação de renda quando uma agência fecha as portas. É hora do Bradesco praticar, de fato, a responsabilidade social que tanto divulga em sua propaganda", destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
A justificativa apresentada pelo banco em seu relatório foi a de que os cortes seguem "em linha com a estratégia de otimização do custo de servir", ao mesmo tempo em que afirma estar reforçando equipes de tecnologia, operações e negócios.
Para Erica de Oliveira, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o cenário é preocupante. “Os números são cristalinos: o banco segue reduzindo o custo de servir, fechando agências físicas e reduzindo postos de trabalho. Semestre após semestre, o lucro cresce e o volume do emprego bancário diminui, e mais agências fecham. Bom atendimento se faz com rede adequada e com trabalhadores bancários. Esse deveria ser o diferencial do Bradesco”, critica.
Expansão da carteira e inadimplência em queda
A Carteira de Crédito Expandida do Bradesco superou a marca de R$ 1 trilhão em junho de 2025, com crescimento de 11,7% em doze meses e 1,3% no trimestre. A carteira de pessoa física cresceu 15,9% no período, somando R$ 442,4 bilhões, com destaque para o crédito pessoal (+17,5%), crédito imobiliário (+17,6%) e crédito rural (+89,1%).
Já o segmento de pessoa jurídica cresceu 8,6%, chegando a R$ 576,0 bilhões. O saldo da carteira para grandes empresas ficou estável (-0,2%), enquanto houve alta expressiva de 25,2% nas micro, pequenas e médias empresas.
A inadimplência acima de 90 dias recuou para 4,1%, queda de 0,2 ponto percentual em relação a junho de 2024.
Tarifas seguem crescendo mais que despesas de pessoal
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias aumentaram 5,3%, totalizando R$ 15 bilhões. Já as despesas com pessoal, considerando o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cresceram 9%, somando quase R$ 13 bilhões. Com isso, o banco cobriu 115,8% das despesas de pessoal com as receitas secundárias, evidenciando que os custos com a força de trabalho seguem mais do que cobertos pelas cobranças feitas aos clientes.
A base de clientes também aumentou, com 1,1 milhão de novos correntistas em doze meses, totalizando 74 milhões de clientes.
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