01/04/2025
Caixa: terceirização gera insegurança para clientes
Um trabalhador terceirizado da Caixa Econômica Federal foi preso em flagrante pela Polícia Federal, na noite de quinta-feira (27), em uma agência do banco em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Segundo reportagem publicada pelo G1, as investigações mostram que o homem alterou dados de mais de 400 clientes para transferência de valores sem o consentimento dos usuários, gerando um prejuízo estimado em R$ 1 milhão.
“Uma das reponsabilidades dos bancos é garantir a segurança do dinheiro de seus clientes. Situações como essa mostram a vulnerabilidade do sistema financeiro e arranham a imagem da Caixa”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Mas é preciso deixar claro que a fraude foi cometida por um trabalhador terceirizado, não por um empregado concursado do banco”, observou o coordenador da CEE.
Rafael ressalta que o movimento sindical de representação dos trabalhadores sempre alerta para os riscos para os clientes e para os próprios trabalhadores das contratações de terceirizados pela Caixa. “Além dos recursos financeiros, dados pessoais que são confiados ao banco ficam à disposição de pessoas que não têm ligação direta com a instituição. Isso, por si só, já agrava o risco, uma vez que há maior rotatividade de trabalhadores, em decorrência de não haver vínculo trabalhista direto”, disse.
O trabalhador terceirizado também fica sujeito a riscos e situações que o empregado com vínculo direto com a instituição financeira. Não têm o mesmo salário e nem os mesmos direitos garantidos aos empregados do banco pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), específico das empregadas e empregados da Caixa.
“Na Caixa isso não é comum, mas em outros bancos, principalmente nos privados, vemos trabalhadores terceirizados realizando as mesmas atividades dos empregados, com remuneração menor e sem os mesmos direitos de seus colegas que têm vínculo trabalhista direto”, disse. “Por isso, defendemos que a Caixa, e os demais bancos, contratem os trabalhadores, não empresas que disponibilizam pessoas para realizar o serviço que deve ser feito”, completou.
Novas contratações
Rafael reforçou a necessidade de a Caixa promover novas contratações via concurso público. “O banco que já chegou a ter quase 101,5 mil empregados, chegou ao final de 2024 com 83,3 mil. Em sentido inverso desta redução de quase 22% no quadro de pessoal, houve um aumento de aproximadamente 175% no número de contas bancárias”, observou o coordenador da CEE. Em 2024, mesmo com a abertura de concurso e contratação dos aprovados, houve uma redução de 3.655 postos de trabalho na Caixa, em decorrência do Programa de Demissão Voluntária (PDV).
“Isso aumenta ainda mais a sobrecarga no dia a dia de trabalho e torna a situação insuportável nos diversos atendimentos excepcionais de demandas geradas pelos programas do governo federal, como o que foi criado agora, pelo programa de crédito consignado do trabalhador”, disse. “Por isso, defendemos que o banco contrate mais empregados via concurso público”, completou.
Segundo reportagem publicada pelo G1, as investigações mostram que o homem alterou dados de mais de 400 clientes para transferência de valores sem o consentimento dos usuários, gerando um prejuízo estimado em R$ 1 milhão.
“Uma das reponsabilidades dos bancos é garantir a segurança do dinheiro de seus clientes. Situações como essa mostram a vulnerabilidade do sistema financeiro e arranham a imagem da Caixa”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Mas é preciso deixar claro que a fraude foi cometida por um trabalhador terceirizado, não por um empregado concursado do banco”, observou o coordenador da CEE.
Rafael ressalta que o movimento sindical de representação dos trabalhadores sempre alerta para os riscos para os clientes e para os próprios trabalhadores das contratações de terceirizados pela Caixa. “Além dos recursos financeiros, dados pessoais que são confiados ao banco ficam à disposição de pessoas que não têm ligação direta com a instituição. Isso, por si só, já agrava o risco, uma vez que há maior rotatividade de trabalhadores, em decorrência de não haver vínculo trabalhista direto”, disse.
O trabalhador terceirizado também fica sujeito a riscos e situações que o empregado com vínculo direto com a instituição financeira. Não têm o mesmo salário e nem os mesmos direitos garantidos aos empregados do banco pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), específico das empregadas e empregados da Caixa.
“Na Caixa isso não é comum, mas em outros bancos, principalmente nos privados, vemos trabalhadores terceirizados realizando as mesmas atividades dos empregados, com remuneração menor e sem os mesmos direitos de seus colegas que têm vínculo trabalhista direto”, disse. “Por isso, defendemos que a Caixa, e os demais bancos, contratem os trabalhadores, não empresas que disponibilizam pessoas para realizar o serviço que deve ser feito”, completou.
Novas contratações
Rafael reforçou a necessidade de a Caixa promover novas contratações via concurso público. “O banco que já chegou a ter quase 101,5 mil empregados, chegou ao final de 2024 com 83,3 mil. Em sentido inverso desta redução de quase 22% no quadro de pessoal, houve um aumento de aproximadamente 175% no número de contas bancárias”, observou o coordenador da CEE. Em 2024, mesmo com a abertura de concurso e contratação dos aprovados, houve uma redução de 3.655 postos de trabalho na Caixa, em decorrência do Programa de Demissão Voluntária (PDV).
“Isso aumenta ainda mais a sobrecarga no dia a dia de trabalho e torna a situação insuportável nos diversos atendimentos excepcionais de demandas geradas pelos programas do governo federal, como o que foi criado agora, pelo programa de crédito consignado do trabalhador”, disse. “Por isso, defendemos que o banco contrate mais empregados via concurso público”, completou.
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