22/08/2024
Sindicato protesta contra fechamento de agências, por garantia de emprego e condições dignas de trabalho aos bancários do Bradesco

Dando sequência às atividades de mobilização da Campanha Nacional dos Bancários 2024, diretores do Sindicato visitaram, na manhã desta quinta-feira (22), a agência do Bradesco Catanduva para dialogar com os trabalhadores sobre o andamento das negociações com a Fenaban e também sobre as reivindicações específicas dos funcionários.


O Sindicato realizou, ainda, um protesto público para denunciar o processo de reestruturação em curso no banco, que está fechando agências e cortando postos de trabalho. Essas medidas resultam em prejuízos tanto para os funcionários quanto para os clientes. A categoria bancária sofre com o adoecimento devido à sobrecarga, enquanto os clientes enfrentam a superlotação das unidades bancárias remanescentes.

O presidente do Sindicato, Roberto Vicentim, explica que a atividade de hoje é um alerta para a direção do banco. “Estamos em plena Campanha Nacional dos Bancários e o Bradesco insiste em fechar agências e demitir, piorando o atendimento. Deixamos claro nosso recado: não vamos aceitar esse descaso e falta de responsabilidade social. Cobramos garantia do emprego, valorização da saúde e bem-estar dos trabalhadores, com condições dignas de trabalho e remuneração decente”.

No 1º semestre de 2024, o Bradesco obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 8,927 bilhões, representando uma alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023. No segundo trimestre de 2024, o lucro foi de R$ 4,716 bilhões, com um crescimento de 12,0% em comparação ao 1º trimestre. Em contrapartida, ao final de junho deste ano, o Bradesco contava com 84.711 empregados, uma redução de 573 postos de trabalho em doze meses e de 923 postos comparado ao trimestre anterior. Em doze meses, foram encerradas 277 agências.
Na base do Sindicato, Fernando Prestes terá a única agência do banco no município fechada nesta sexta-feira (23). Meses antes, outra unidade, em Catanduva, também fechou as portas. A entidade esteve em protesto nos locais e em contato com o banco para cobrar a realocação dos trabalhadores.
“Após 40 anos de história, a agência prestes a fechar encerra uma continuidade em estabelecimentos bancários na cidade, deixa centenas de clientes que acreditaram no banco abandonados e instaura um clima de terror entre os funcionários, que - já sobrecarregados – precisam ainda lidar com a insegurança quanto à manutenção de seus empregos”, denunciou Vicentim.

“É de extrema importância que o Bradesco entenda que os bancários são seu maior patrimônio. A categoria bancária, população e Sindicato precisam estar unidos para inverter essa lógica que coloca o lucro acima de tudo, por isso a importância da nossa mobilização. Estamos em luta e não mediremos esforços para manter os direitos e empregos da categoria, atendimento de qualidade e respeito aos clientes”, reforçou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.

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