02/08/2024
Santander lucra às custas dos funcionários e de fechamentos de agências

No primeiro semestre de 2024, o banco Santander alcançou um Lucro Líquido Contábil de R$ 6,18 bilhões, crescimento de 46,9% em relação ao mesmo período de 2023. Apenas no segundo trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao trimestre anterior, que registrou R$ 2,9 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 15,5%, crescimento de 4,3 pontos percentuais em doze meses.
Mais uma vez, a unidade brasileira do banco espanhol contribuiu significativamente, representando 18,8% do lucro global de € 6,059 bilhões, que teve um aumento de 16% em doze meses.
Apesar dos resultados financeiros positivos, a holding Santander encerrou o primeiro semestre com 55.091 empregados, uma redução de 80 postos de trabalho em doze meses (-119 no trimestre). Além disso, a base de clientes aumentou em 3,9 milhões em relação a junho de 2023, totalizando 67,2 milhões. Em contrapartida, foram fechadas 380 agências e postos de atendimento (-81 no trimestre).
"O excelente resultado do banco é consequência do trabalho árduo de bancários e bancárias, que se desdobram para realizar as tarefas que se acumulam. O Santander, ao invés de melhorar as condições de trabalho e valorizar seus funcionários, caminha no sentido contrário: demite seus trabalhadores e os recontrata de forma terceirizada em outras empresas de sua holding, para poder pagar salários menores e reduzir os direitos que são garantidos pela CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria bancária O descaso com seus trabalhadores e clientes fica ainda mais evidente se levado em consideração as altas tarifas e juros abusivos cobrados da população", denuncia o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, reforça a clara contradição que os dados evidenciam: enquanto o lucro do Santander cresce significativamente, a força de trabalho diminui e muitas agências e postos de atendimento são fechados.
“Isso é reflexo da implementação da multicanalidade, uma política de redução de custo do banco. Com isso, os funcionários enfrentam incertezas e reduções no quadro de pessoal, apesar do aumento expressivo nos lucros do banco. Isso levanta questões sobre as prioridades da instituição financeira e as consequências para seus empregados e clientes”, declarou.
"Quem vê o bancário pronto para o atendimento nas agências não sabe o que ele sofre para cumprir as metas que lhes são impostas e manter seu emprego. Batemos nesta tecla há tempos e continuaremos denunciando essa política de gestão que coloca o lucro acima de tudo, cobrando para que amplie o número de vagas bancárias e, de fato, preste um serviço condizente com a concessão pública por meio da qual lucra tanto no Brasil", concluiu o diretor do Sindicato.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 15,5%, crescimento de 4,3 pontos percentuais em doze meses.
Mais uma vez, a unidade brasileira do banco espanhol contribuiu significativamente, representando 18,8% do lucro global de € 6,059 bilhões, que teve um aumento de 16% em doze meses.
Apesar dos resultados financeiros positivos, a holding Santander encerrou o primeiro semestre com 55.091 empregados, uma redução de 80 postos de trabalho em doze meses (-119 no trimestre). Além disso, a base de clientes aumentou em 3,9 milhões em relação a junho de 2023, totalizando 67,2 milhões. Em contrapartida, foram fechadas 380 agências e postos de atendimento (-81 no trimestre).
"O excelente resultado do banco é consequência do trabalho árduo de bancários e bancárias, que se desdobram para realizar as tarefas que se acumulam. O Santander, ao invés de melhorar as condições de trabalho e valorizar seus funcionários, caminha no sentido contrário: demite seus trabalhadores e os recontrata de forma terceirizada em outras empresas de sua holding, para poder pagar salários menores e reduzir os direitos que são garantidos pela CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria bancária O descaso com seus trabalhadores e clientes fica ainda mais evidente se levado em consideração as altas tarifas e juros abusivos cobrados da população", denuncia o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, reforça a clara contradição que os dados evidenciam: enquanto o lucro do Santander cresce significativamente, a força de trabalho diminui e muitas agências e postos de atendimento são fechados.
“Isso é reflexo da implementação da multicanalidade, uma política de redução de custo do banco. Com isso, os funcionários enfrentam incertezas e reduções no quadro de pessoal, apesar do aumento expressivo nos lucros do banco. Isso levanta questões sobre as prioridades da instituição financeira e as consequências para seus empregados e clientes”, declarou.
"Quem vê o bancário pronto para o atendimento nas agências não sabe o que ele sofre para cumprir as metas que lhes são impostas e manter seu emprego. Batemos nesta tecla há tempos e continuaremos denunciando essa política de gestão que coloca o lucro acima de tudo, cobrando para que amplie o número de vagas bancárias e, de fato, preste um serviço condizente com a concessão pública por meio da qual lucra tanto no Brasil", concluiu o diretor do Sindicato.
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