04/01/2024
Igor Puga e Vanessa Lobato deixam cargos no Santander
O ex-diretor de marketing Igor Puga e Vanessa Lobato, ex-diretora de Recursos Humanos do Santander anunciaram formalmente a saída do banco neste começo de 2024. A mudança já era esperada desde meados do ano passado, quando o atual presidente do Santander no país, Mario Opice Leão, promoveu mudanças na diretoria. Os substitutos, porém, ainda não foram anunciados, segundo matéria do Valor Econômico.
Em seus perfis do LinkedIn, rede especializada em contatos profissionais, eles já atualizaram os status para “período de transição de carreira”, ou “ano sabático”. Lobato foi a diretora com maior contato com o movimento sindical durante as negociações específicas dos trabalhadores do banco, durante cerca de dez anos. Já Puga, um jornalista e publicitário especializado em agências de marketing, atuou no banco por pouco mais de sete anos e, neste período, colecionou polêmicas.
Maio de 2020, em plena pandemia de covid-19, Puga saiu na coluna Painel S/A do jornal Folha de S.Paulo criticando funcionários oriundos do Banespa e Real, com o título “Tem gente que quer ser mandada embora do Santander”. O conteúdo divulgado foi obtido por meio de conversas de WhatsApp. Nas suas falas, no mínimo equivocadas, o ex-Santander afirmou que tais bancários seriam oportunistas por reivindicarem o trabalho remoto visando a proteção do vírus, prática que o tempo mostrou ser eficaz naquele período.
Ele ainda disse se tratar de um “efeito sindical”, pois tais trabalhadores visavam indenização. Imediatamente, os Sindicatos e as Associações de representação dos banespianos e de ex-Banco Real repudiaram os comentários e exigiram retratação do diretor e do banco, que afirmou não compactuar com falas de diretores em âmbito pessoal. Mais tarde, o banco pediu “sinceras escusas pelo incidente e mal-entendido ocorrido” e reconheceu a idoneidade das entidades de representação.
Apesar de compartilhar em suas redes feitos como estar entre os marqueteiros mais influentes da América Latina, Puga foi responsável por campanhas milionárias que foram questionadas pelo movimento sindical. Ainda com Sergio Rial como presidente do banco, ele esteve à frente de campanhas que se alinhavam com a reforma trabalhista proposta e concretizada, com a divulgação de peças publicitárias massivas, em que apostava no emprego formal como passado, assinando embaixo na precarização dos direitos. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e a Afubesp relataram o tema em matérias em seus sites e redes sociais à época.
Apesar de apostar milhões anualmente em propaganda no objetivo de atrair clientes, há pouca contrapartida aos funcionários e seus aposentados – que sofrem ataques em série.
"Banespianos e os oriundos do Real já mostraram sua ética e profissionalismo ao longo de anos e, por isso, merecem todo o respeito da direção do banco. Também cobramos o merecido reconhecimento e valorização para os atuais funcionários, que se dedicam diariamente para alavancar os lucros da instituição financeira – que só aumentam ano a ano, diga-se de passagem", destaca o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.
“Esperamos que os próximos profissionais que tomarem posse dos cargos tenham o olhar apurado não só aos negócios, mas também para o fator humano. Que as negociações junto com o Recursos Humanos sejam justas e tenhamos cada vez mais diálogo dentro do banco”, acrescenta Mario Raia, secretário-geral da Afubesp.
Em seus perfis do LinkedIn, rede especializada em contatos profissionais, eles já atualizaram os status para “período de transição de carreira”, ou “ano sabático”. Lobato foi a diretora com maior contato com o movimento sindical durante as negociações específicas dos trabalhadores do banco, durante cerca de dez anos. Já Puga, um jornalista e publicitário especializado em agências de marketing, atuou no banco por pouco mais de sete anos e, neste período, colecionou polêmicas.
Maio de 2020, em plena pandemia de covid-19, Puga saiu na coluna Painel S/A do jornal Folha de S.Paulo criticando funcionários oriundos do Banespa e Real, com o título “Tem gente que quer ser mandada embora do Santander”. O conteúdo divulgado foi obtido por meio de conversas de WhatsApp. Nas suas falas, no mínimo equivocadas, o ex-Santander afirmou que tais bancários seriam oportunistas por reivindicarem o trabalho remoto visando a proteção do vírus, prática que o tempo mostrou ser eficaz naquele período.
Ele ainda disse se tratar de um “efeito sindical”, pois tais trabalhadores visavam indenização. Imediatamente, os Sindicatos e as Associações de representação dos banespianos e de ex-Banco Real repudiaram os comentários e exigiram retratação do diretor e do banco, que afirmou não compactuar com falas de diretores em âmbito pessoal. Mais tarde, o banco pediu “sinceras escusas pelo incidente e mal-entendido ocorrido” e reconheceu a idoneidade das entidades de representação.
Apesar de compartilhar em suas redes feitos como estar entre os marqueteiros mais influentes da América Latina, Puga foi responsável por campanhas milionárias que foram questionadas pelo movimento sindical. Ainda com Sergio Rial como presidente do banco, ele esteve à frente de campanhas que se alinhavam com a reforma trabalhista proposta e concretizada, com a divulgação de peças publicitárias massivas, em que apostava no emprego formal como passado, assinando embaixo na precarização dos direitos. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e a Afubesp relataram o tema em matérias em seus sites e redes sociais à época.
Apesar de apostar milhões anualmente em propaganda no objetivo de atrair clientes, há pouca contrapartida aos funcionários e seus aposentados – que sofrem ataques em série.
"Banespianos e os oriundos do Real já mostraram sua ética e profissionalismo ao longo de anos e, por isso, merecem todo o respeito da direção do banco. Também cobramos o merecido reconhecimento e valorização para os atuais funcionários, que se dedicam diariamente para alavancar os lucros da instituição financeira – que só aumentam ano a ano, diga-se de passagem", destaca o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.
“Esperamos que os próximos profissionais que tomarem posse dos cargos tenham o olhar apurado não só aos negócios, mas também para o fator humano. Que as negociações junto com o Recursos Humanos sejam justas e tenhamos cada vez mais diálogo dentro do banco”, acrescenta Mario Raia, secretário-geral da Afubesp.
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