06/06/2023

Itaú: Great Place to Work não condiz com mundo real de assédio e metas abusivas

O Itaú Unibanco obteve o primeiro lugar no Great Place to Work, uma certificação internacional que atesta os melhores lugares para se trabalhar. Esse selo é amplamente divulgado pelas empresas e usado como instrumento de atração de trabalhadores no LinkedIn.

Mas no mundo real não é isso que bancários estão vivendo no banco. A cobrança exacerbada das metas vem acompanhada de assédio moral, afastando diversos trabalhadores por problemas de saúde mental, como depressão, síndrome do pânico e burnout.

Nas agências físicas do novo modelo "Espaço Itaú de Negócios", soma-se ao problema das metas, a ausência de vigilantes e de porta giratória, criando um clima de medo entre os bancários, que ficam vulneráveis a assaltos e outras situações de risco.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr, reforça que um ambiente de trabalho Great Place to Work é construído com respeito aos trabalhadores, sem adoecimentos e com segurança para o trabalho diário. 

“As publicidades do Itaú passam a imagem de que o banco é uma empresa ‘legal’ para se trabalhar, onde se pode ser 'quem você é', e até certificações a instituição vem ganhando por isso. Mas os depoimentos que recebemos diariamente dos funcionários nas agências comprovam que a realidade é muito diferente. Os trabalhadores estão sendo massacrados e ficando doentes por causa das metas abusivas, e alguns ainda são descartados como nada, depois de anos de dedicação à instituição.  Cobramos do banco responsabilidade social e respeito com seus funcionários, promovendo um ambiente de trabalho realmente Great Place to Work. O banco tem total condições de oferecer isso aos bancários e bancárias", destacou Nassar.

#QueremosGPTWnoMundoReal

O movimento sindical bancário vem comunicando o Itaú sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores nas agências físicas e digitais, e cobra uma ação imediata para que essas situações sejam resolvidas. 

Denuncie assédio ao Sindicato

O Sindicato tem um canal de denúncia que garante apuração do problema denunciado e sigilo absoluto da identidade do denunciante. O trabalhador que se sentir assediado, pressionado ou ameaçado deve acessar o canal e denunciar.

O trabalhador também pode entrar em contato com o Sindicato através dos dirigentes, em visita periódica às agências, pelo telefone (17) 3522-2409 ou via WhatsApp (17 99259-1987).

"Reforçamos aos trabalhadores a importância de denunciarem ao Sindicato casos de assédio em decorrência da cobrança de metas inatingíveis, demissão ou qualquer outro abuso. É muito importante que os bancários nos mantenham informados para que possamos tomar todas as medidas em prol da preservação dos empregos, de melhores condições de trabalho e dos direitos da categoria. O Sindicato está na luta com você!", acrescenta o diretor do Sindicato.

 
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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