04/01/2023
MPF conclui as investigações de assédio sexual e moral na Caixa

O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações sobre as denúncias de assédio sexual e moral na Caixa, praticados pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. O processo está sob sigilo e, portanto, não é possível confirmar se o ex-gestor é alvo de acusação formal ou se será condenado criminalmente.
Desde a divulgação das denúncias feitas por empregadas do banco, há quase sete meses, Guimarães e outros executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram condenações na Justiça. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, assim como a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), acompanha os desdobramentos do caso e pede a punição rigorosa aos autores.
"Existe uma necessidade e preocupação urgente não só com as denúncias de assédio sexual e moral que saíram na mídia, mas também com a falta de punição aos responsáveis e, ainda, toda a institucionalização do assédio objetivadas em ferramentas de gestão. A naturalização de estruturas machistas deve ser confrontada e rompida para evitar violências em razão do gênero, independente de quem as tenha praticado. Esse tipo de prática é inaceitável em quaisquer espaços de nossa sociedade. Assédio é crime e não deve ser silenciado nunca”, destacou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, acrescenta o presidente da Federação, Sergio Takemoto. Em setembro do ano passado a Fenae solicitou ser assistente na ação do Ministério do Trabalho (MPT) que pede a condenação de Guimarães e da empresa.
A ação do MPT pediu a condenação de Pedro Guimarães ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.
De acordo com a conclusão do MPT, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano. A partir da gestão de Pedro Guimarães, em 2019, até o dia 1 de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.
Gestão humanizada
A escolhida do presidente Lula para presidir a Caixa, a diretora da Fenae e Conselheira de Administração do banco, Rita Serrano, falou com a Fenae sobre a crise reputacional do banco após as denúncias e avisou que o assédio na Caixa vai ficar para trás. “É um escândalo vergonhoso para a história da Caixa”, disse. “Mas a era de assédio vai acabar. Nós vamos humanizar as relações de trabalho”, afirmou.
“Assédio Nunca Mais”
No último mês, a jurista e advogada atuante nos processos das denúncias da Caixa, Soraia Mendes, conversou com a Fenae sobre o caso. Para ela, este é o maior escândalo de assédio sexual no Brasil. Ouça o podcast no Spotify ou assista no Youtube da Fenae a conversa, que teve a participação da diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber e da psicóloga do trabalho, pesquisadora e professora Fernanda Sousa Duarte.
Desde a divulgação das denúncias feitas por empregadas do banco, há quase sete meses, Guimarães e outros executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram condenações na Justiça. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, assim como a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), acompanha os desdobramentos do caso e pede a punição rigorosa aos autores.
"Existe uma necessidade e preocupação urgente não só com as denúncias de assédio sexual e moral que saíram na mídia, mas também com a falta de punição aos responsáveis e, ainda, toda a institucionalização do assédio objetivadas em ferramentas de gestão. A naturalização de estruturas machistas deve ser confrontada e rompida para evitar violências em razão do gênero, independente de quem as tenha praticado. Esse tipo de prática é inaceitável em quaisquer espaços de nossa sociedade. Assédio é crime e não deve ser silenciado nunca”, destacou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, acrescenta o presidente da Federação, Sergio Takemoto. Em setembro do ano passado a Fenae solicitou ser assistente na ação do Ministério do Trabalho (MPT) que pede a condenação de Guimarães e da empresa.
A ação do MPT pediu a condenação de Pedro Guimarães ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.
De acordo com a conclusão do MPT, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano. A partir da gestão de Pedro Guimarães, em 2019, até o dia 1 de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano – um aumento de 425%.
Gestão humanizada
A escolhida do presidente Lula para presidir a Caixa, a diretora da Fenae e Conselheira de Administração do banco, Rita Serrano, falou com a Fenae sobre a crise reputacional do banco após as denúncias e avisou que o assédio na Caixa vai ficar para trás. “É um escândalo vergonhoso para a história da Caixa”, disse. “Mas a era de assédio vai acabar. Nós vamos humanizar as relações de trabalho”, afirmou.
“Assédio Nunca Mais”
No último mês, a jurista e advogada atuante nos processos das denúncias da Caixa, Soraia Mendes, conversou com a Fenae sobre o caso. Para ela, este é o maior escândalo de assédio sexual no Brasil. Ouça o podcast no Spotify ou assista no Youtube da Fenae a conversa, que teve a participação da diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber e da psicóloga do trabalho, pesquisadora e professora Fernanda Sousa Duarte.
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