07/06/2022
Itaú desrespeita acordos e legislação da Colômbia para demitir

A Unión Nacional de Empleados Bancarios (Uneb), da Colômbia, denuncia que o Itaú vem adotando grave política de demissão, sem respeitar acordos com a categoria nem a legislação do país. Em 2021 foram 190 desligamentos e outros 130 neste ano. Nos últimos dias, o banco também anunciou que já informou o Ministério do Trabalho local que desligará outros 288 trabalhadores, entre os quais, segundo a Uneb, vários que possuem estabilidade por questão de saúde ou por estarem em funções sindicais, que têm garantia de emprego por força constitucional.
A entidade dos bancários colombianos afirma que o Itaú está desrespeitando “os direitos fundamentais dos trabalhadores”, bem como os sindicatos, aos quais deve informar sobre o alcance das medidas que afetam seus funcionários. A Uneb também diz que o banco não se mostrou interessado em “promover realocação de locais de trabalho nem requalificação da mão de obra (…), ao mesmo tempo em que também informa a contratação de 150 novos funcionários, com novas funções”.
Menosprezo
Para a entidade representativa dos bancários, o comportamento omisso do Itaú em relação aos direitos dos trabalhadores “demonstra não apenas o menosprezo pela dignidade humana dos trabalhadores, como também ao direito ao trabalho e aos casos de estabilidade”, em especial neste momento crítico decorrente da pandemia da covid-19.
Várias organizações sindicais do país anunciaram que, junto com a Uneb, estão se organizando, tanto para dar apoio aos funcionários demitidos como também para agir junto ao Ministério do Trabalho, a fim de cobrar ações contra a atitude do Itaú, que chamam de “atentado contra os direitos dos trabalhadores, de associação e de convenção coletiva”.
Assédio moral
A Uneb, em nota conjunta do presidente Juan Francisco Sanchez e da secretária geral María Consuelo Bautista, denunciou ainda que o Itaú tem cometido assédio moral contra os funcionários demitidos ao forçá-los a assinar a rescisão com a informação falsa de que o desligamento ocorreu de modo pacífico e consensual.
Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que também é presidenta da UNI Finanças Global, “é inaceitável a postura do banco Itaú na Colômbia. Realizar demissão em massa, mesmo tendo obtido um grande lucro, é, no mínimo, falta de responsabilidade social”.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Bancários do Bradesco aprovam acordo do novo sistema de ponto eletrônico
- Inscrições para curso de capacitação de mulheres na TI terminam neste domingo (16)
- Funcef: redução da alíquota do equacionamento trará devolução de contribuições sobre 13º no contracheque de novembro
- Não perca live da Fenae sobre a decisão do STJ que permite dedução de contribuições extraordinárias no IR
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de Proclamação da República no Clube dos Bancários
- STJ decide que contribuição extraordinária para equacionamento é dedutível do Imposto de Renda
- Setor bancário elimina 8,8 mil postos de trabalho em 2025, apesar do avanço do emprego no país
- Carta de Fortaleza define agenda nacional de combate ao racismo e de promoção da inclusão no sistema financeiro
- Lucro do Banco Mercantil do Brasil cresce 34,8% e chega a R$ 737,6 milhões nos nove primeiros meses de 2025
- Em Belém do Pará, trabalhadores participam de barqueada em ato por justiça climática
- Por Dentro do Sistema Financeiro: os novos bancarizados, do PIX à inteligência financeira popular
- Live dos eleitos da Previ nesta quinta-feira (13) vai avaliar conjuntura econômica e desempenho dos planos
- Mulheres recebem 21% menos que homens em mais de 54 mil empresas
- Acordo Coletivo do Saúde Caixa é aprovado!
- EDITAL ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA DO BRADESCO - Ponto Eletrônico