16/05/2022

Bônus/GDP: direção da Caixa erra e quem paga são os gerentes



Não bastasse ter pagado valores com enormes disparidades a empregados de uma mesma unidade, ter visto a injustiça ser denunciada e se ver obrigada a promover alterações no Ciclo 2021 do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e no mecanismo de “curva forçada”, agora a Caixa quer que empregados devolvam parte dos recursos recebidos. O banco chegou a criar um sistema para que os próprios gerentes indiquem a quantidade de parcelas para a devolução dos recursos.

“A gestão Pedro Guimarães não tem as mínimas condições de administrar um banco com tamanha importância como a Caixa. Normalmente, empregados que recebem bônus ficam contentes, mas esta gestão conseguiu deixar desgostosos até estes empregados”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

PLR X Bônus

O bônus Caixa é uma política instituída unilateralmente pela Caixa, sem qualquer discussão com as entidades sindicais, que têm cobrado que o banco debata o bônus com os empregados para que sejam definidos, em conjunto, os critérios para o pagamento. “Queremos que o bônus Caixa seja pago para todos os empregados, independente da função, sem prejuízo para quem já recebeu”, explicou o presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros, ao observar que hoje o Bônus Caixa é pago somente para um segmento.

"A gestão de Pedro Guimarães, que já chegou a falar com orgulho que a Caixa seria o ‘banco da matemática', não se contenta em submeter os empregados a condições de trabalho precárias, que incluem sobrecarga de trabalho absurda, agências superlotadas, quadro insuficiente de funcionários, ameaças de descomissionamento, assédio moral... Quer agora que os trabalhadores paguem por um erro do próprio banco. É importante reforçar que o bônus e a GDP não são negociados com o movimento sindical, ao contrário do que ocorre com a PLR e a PLR Social, programas negociados com a representação dos trabalhadores, os quais defendemos que sejam cada vez mais fortalecidos. Ainda assim, o Sindicato, através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), buscará o banco para negociar os problemas relacionados ao cálculo do GDP e cobrar que os empregados não paguem por um erro  que não compete a eles", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Ao invés de pagar este bônus, o movimento sindical defende o pagamento de uma PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) forte e para todos. A PLR é uma política legal, reconhecida por lei, com critérios objetivos e definidos em mesa de negociação. A política de bônus é unilateral. O banco usa como forma de pressionar pelo cumprimento de metas abusivas e ainda define quem vai recebê-lo a seu bel prazer. Pode-se ver o resultado desta subjetividade nesta trapalhada feita pela gestão Pedro Guimarães.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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