03/05/2022
Movimento sindical quer negociação com a Caixa sobre teletrabalho
Atendendo ao ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa Econômica Federal encaminhou na noite da última sexta-feira (29) um comunicado a todos os gestores de unidades informando sobre as mudanças no normativo interno RH226, que trata sobre as modalidades de trabalho dentro do banco.
Segundo o comunicado, “os aditivos atualmente vigentes foram prorrogados automaticamente até 06/05/2022, ficando facultada a antecipação da data-fim pelo gestor.” A vigência anterior era até 30 de abril de 2022.
“A prorrogação de apenas seis dias não atende nossa demanda. Sabemos que houve uma redução do número de casos de contaminação e morte por covid-19, mas a pandemia ainda não acabou. E, além disso, com a entrega de prédios onde funcionavam diversos departamentos, muitos empregados sequer terão local físico para cumprirem suas jornadas”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
Pós-pandemia e banco de horas
Em seu ofício, além de pedir a prorrogação do Projeto Remoto Excepcional, a Contraf-CUT, representando o Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, solicita a retomada de mesa de negociação referente as negociações de teletrabalho e banco de horas.
“Não temos um acordo específico para o trabalho remoto na Caixa. Entendemos que o teletrabalho é uma modalidade que veio para ficar, mas é necessário regramento para proteger os colegas. Teletrabalho também não pode ser considerado benesse e ser dado somente para alguns como prêmio. É preciso transparência também nesse processo. Fora que, atualmente, não existem fisicamente lugares pra todos trabalharem. Por isso, queremos negociar”, disse a coordenadora da CEE.
"Queremos avançar na discussão de um modelo de teletrabalho que preserve a saúde e os direitos dos empregados, mas, aparentemente, a direção aposta na desregulamentação prevista na MP 1.108/2022, que precariza ainda mais o trabalho remoto. É dever do banco garantir que o empregado tenha um local de trabalho e condições adequadas para desempenhá-lo, e isto inclui equipamentos que garantam ergonomia, ajuda de custo, e sobretudo o controle de jornada. Esse ônus não pode ser transferido para os trabalhadores. Desde o ano passado estamos com essa negociação travada pela Caixa. Infelizmente, com esta direção, precisamos lutar muito para garantir estas condições e todos os direitos da CCT", acrescentou o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
A Caixa não se pronunciou sobre as solicitações feitas pela Contraf-CUT em seu ofício.
O diretor do Sindicato reforçou, ainda, que estes temas são de extremo interesse dos empregados e que é importante que todos participem dos debates junto ao Sindicato.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Decisão sobre a adequação da meta atuarial da Funcef é adiada
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Conselho Deliberativo da Funcef vai votar adequação da meta atuarial nesta quinta-feira (21)
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de quarta-feira (20) no Clube dos Bancários
- Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é conquista dos movimentos sociais
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Organização do trabalho nos bancos leva a adoecimento mental da categoria
- Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros
- O sangue dos ancestrais negros continua a ser derramado, agora pelas ações policiais