02/05/2022

Desrespeitando empregados, direção da Caixa deixa trabalhadores em home office “no escuro”

 

O prazo para a validade do Projeto Remoto, modelo simplificado do home office previsto inicialmente pelo RH 226 e que foi implementado como forma de buscar o distanciamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, terminou em 30 de abril, no último sábado. Até o momento, apesar de cobranças e questionamentos, a direção da Caixa não se manifestou sobre sua prorrogação e nem encaminhou aos empregados e chefias das unidades orientações sobre como proceder a partir desta segunda-feira (2/5).

As entidades representativas têm cobrado da direção do banco um modelo de home office para ser implementado independente da pandemia, e que resolva as diversas distorções presentes no RH 226 e no Projeto Remoto, como o registro da jornada, pagamento de ajuda de custo, garantias trabalhistas e das condições de saúde dos trabalhadores.

Após a publicação, pelo governo federal, da MP 1.108/2022, que precariza ainda mais o teletrabalho, a direção da Caixa tem se esquivado de debater o assunto, e tenta desvirtuar o home office, usando-o, por exemplo, como forma de não pagar horas extras, como ocorreu na Vilop. Fato que só foi revertido após a intervenção das entidades sindicais.

A Caixa está agindo de forma sádica ao não não se pronunciar à respeito da continuação do home office. Os trabalhadores não sabem o que fazer, qual o procedimento para permanecer em trabalho remoto, por exemplo. Sem contar os desrespeito com PCDs e outras pessoas em grupo de risco, haja vista que o número de casos tem voltado a crescar em várias regiões do país. Infelizmente, fatos como este mostram o tratamento desrespeitoso que os empregados têm recebido da administração do presidente Pedro Guimarães", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

O movimento sindical tentou avançar na discussão de um modelo de teletrabalho que preserve a saúde e os direitos dos empregados, mas, aparentemente, a direção aposta na desregulamentação prevista na MP. Para o caso concreto, em que a direção está sendo omissa em fornecer orientações, o Sindicato entende que os empregados que ocupam as funções de chefia não devem puxar para si a responsabilidade por determinar o retorno ao trabalho presencial dos colegas que estão em home office.

A direção da empresa deve formalizar seu posicionamento de forma inequívoca. Se a direção pretende utilizar o home office como estratégia de organização do trabalho, precisa discutir o modelo desta implementação com os empregados. Não é uma atitude responsável deixá-los neste estado de incerteza, como fez neste mês.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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