19/11/2021

Caixa devolve prédios, deixa empregados sem local de trabalho, mas despesas aumentam



No dia 18 de novembro, quinta-feira, a direção da Caixa apresentou as demonstrações financeiras do terceiro trimestre do ano. Um dos destaques que os administradores da empresa deram foi ao fato de que, por determinação da presidência de Pedro Guimarães, o número de prédios administrativos foi reduzido. Na lâmina 48 da apresentação de resultados, a quantidade de prédios passou de 179 para 96 entre o início deste ano e o final de setembro.

Os efeitos têm sido sentidos pelos empregados: com a determinação de vice-presidências para os empregados da maioria das áreas retornarem ao trabalho presencial, os colegas têm se deparado com a falta de espaço físico. Em alguns casos, estão “procurando local para trabalhar” em uma outra unidade; em outros, a chefia estuda aplicar o MN RH 226; em outros, a alternativa que se avalia é o compartilhamento de estação de trabalho; e há casos em que se busca um local externo de coworking para que os empregados tenham onde desenvolver suas atividades.

Resumindo: sem planejamento da alta administração não há padrão, imperam as soluções “caseiras”, e que causam problemas para os empregados e conflitos nos locais de trabalho.

Em termos financeiros, pelos números apresentados na nota explicativas do balanço patrimonial do banco, na página 78, a estratégia não está sendo eficiente, se o objetivo é aumentar a economia. Houve aumento nas despesas de aluguel na comparação com igual período do ano anterior e entre os acumulados. Além disso, observa-se aumento considerável nas despesas de água e energia, fruto da ordem para que os empregados retornem ao trabalho presencial.
 

Imagem retirada da apresentação do balanço

 
"Cada empregado Caixa sabe e tem acompanhado os diversos ataques que o banco 100% público tem sofrido no último período, com diversas tentativas de enfraquecimento, fatiamento do banco e desmerecimento dos trabalhadores. A sobrecarga de trabalho, não só por causa da pandemia, mas pela redução constante do número de empregados, sem reposição, é apenas um dos exemplos dos ataques para minar a Caixa", explica o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Apcef/SP, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony).  

Ele reforça que é dever da administração do banco garantir aos empregados condições adequadas de trabalho. "Estamos acompanhando a rotina dos trabalhadores e sabemos os impactos que as decisões da direção tem gerado. Estamos procurando os representantes da direção para cobrar uma solução para os problemas que a própria administração da Caixa causou. Pedimos também a contratação de mais empregados. Esse é um ponto importante e ter novos trabalhadores ajuda na distribuição de tarefas e alivia a sobrecarga. Isso influencia diretamente com a saúde dos bancários”, ressalta Tony.

O Sindicato orienta os trabalhadores que estiverem com dificuldades quanto ao local de trabalho a entrarem em contato com a entidade através de um dos dirigentes, pelo telefone (17) 3522-2409 ou via WhatsApp (17 99259-1987).

Condições de trabalho – A representante dos empregados eleita para o Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, realizou uma consulta sobre a realidade das condições de trabalho oferecidas pelo banco, que finalizou no dia 16. “Com base nestes dados, vamos discutir ações com a direção para melhoria no dia a dia dos trabalhadores”, concluiu o diretor do Sindicato.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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