14/09/2021
Itaú: Sindicato alerta que retorno ao trabalho presencial é precipitado
O banco Itaú convou reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú na tarde da última quinta-feira (9) para negociar o retorno ao trabalho presencial dos trabalhadores que estão em home office.
Os representantes dos empregados foram contra e cobram negociação para garantir um retorno programado, baseado em critérios científicos, com percentual de imunização superior a 70%, para não colocar em risco a saúde dos trabalhadores. Desde 1º de setembro, o banco permitiu que trabalhadores voluntários dos prédios administrativos voltem gradativamente aos locais de trabalho. “Os sindicatos de todo o Brasil relataram denúncias de pressão de gestão para o retorno. Eles forçam os trabalhadores a se voluntariarem. Nós não iremos tolerar esse tipo de atitudes da chefia”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
Membros do movimento sindical também cobraram como o departamento de saúde do trabalhador irá se comportar neste retorno. (As pessoas serão examinadas, analisadas, terá algum tipo de acompanhamento por parte do banco?)”
O Itaú informou que existe fiscalização para garantir o respeito aos protocolos de saúde e segurança e que todo o sistema de infraestrutura do banco permanecerá híbrido, para evitar aglomerações nos escritórios.
Retorno às agências
Conforme acertado nos últimos encontros, o banco comunicou aos dirigentes sindicais, antes mesmo de publicar comunicado interno, o retorno, obrigatório a partir de 4 de outubro, das pessoas do grupo de risco de agências e que tem o ciclo vacinal completo. Sendo opcional a partir de 20 de setembro.
Caso alguém não tenha tomado as duas doses, o banco vai aguardar a data da segunda dose, mais 14 dias, período de imunização completa, para cobrar o retorno.
As gestantes de agência não retornarão ao trabalho presencial em todo o Brasil.
COE é contrária ao retorno
Depois da reunião com o banco, a COE do Itaú, que representa o Sindicato nas negociações, reuniu-se internamente e definiu pela posição contrária ao retorno presencial neste momento, devido ao baixo índice de imunizados em todo o Brasil e a incerteza da vacinação em algumas localidades. Os representantes dos trabalhadores também cobram do banco um acompanhamento médico individualizado para os funcionários do grupo de risco que retornarem.
“Queremos acompanhar o retorno desses trabalhadores, entender os protocolos e sugerir melhorias visando a saúde da categoria. Garantir a segurança e integridade de bancários e bancárias é a nossa prioridade no processo de retorno ao presencial, e cobramos para que todas os protocolos sejam cumpridos", ressaltou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
Os trabalhadores que se sentirem pressionados ou ameaçados devem entrar em contato com o Sindicato, por meio de um dirigente sindical ou dos contatos abaixo, para que providências sejam tomadas. O sigilo é garantido.
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