30/06/2021

GT Saúde Caixa: diretriz da gestão Pedro Guimarães não valoriza a saúde dos empregados do banco



Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa de terça-feira (29), a Caixa apresentou as primeiras simulações do custeio do Saúde Caixa em 2022, aplicando as restrições da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23). De acordo com a representação dos empregados, as propostas são muito parecidas com as apresentadas em 2020 e que já foram rejeitadas em mesa de negociação.

Na avaliação de Leonardo Quadros, membro do GT e presidente da Apcef/SP, as simulações apresentadas inviabilizam a permanência de muitos empregados no Saúde Caixa. “As projeções de custeio que a representação da Caixa trouxe, aplicando a resolução 23 da CGPAR, comprovam aquilo que já falamos – com a aplicação da resolução, muitos colegas não terão condições financeiras de permanecer no plano”, ressaltou. “As projeções apresentadas trazem valores de custeio similares àqueles das propostas recusadas pelos empregados na campanha salarial de 2020”. 

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e do GT, Fabiana Uehara Prosholdt, reivindicou que a Caixa realize projeções que não considerem a aplicação da Resolução 23 da CGPAR, já que o ACT vigente não prevê a aplicação de tal restrição. Os representantes da direção do banco afirmaram que aplicar a resolução, que limita e transfere custos para os empregados, é diretriz da gestão Pedro Guimarães. “A gestão Pedro Guimarães pode ter como diretriz reduzir custos, mas a diretriz da representação dos empregados é manter o plano financeiramente viável a todos os nossos colegas. A aplicação da resolução não está prevista no Acordo Coletivo, e precisamos que nossos colegas se engajem na defesa do nosso plano”, disse Fabiana. A coordenadora também ressaltou que os parâmetros de solidariedade, pacto intergeracional e mensalidade por grupo familiar são inegociáveis.

"Temos um grande problema a ser enfrentado, que é o desmonte da Caixa. E para colocá-lo em prática o governo está buscando administrativamente atacar os benefícios que hoje o trabalhador tem. Já é sabido que a alta cúpula do banco público tem uma receita pronta para apresentar para os empregados, com todas as restrições que são favoráveis para a Caixa e muito graves para os usuários. Temos atuado firmemente em todas as frentes contra essa imposição do governo e da direção do banco, e vamos rejeitar qualquer proposta que altere o formato de custeio, como a contribuição paritária. Preocupa bastante o rumo que a Caixa está tentando impor às negociações do GT. Neste momento é muito importante que os empregados busquem informações sobre seus direitos ameaçados, participem do debate e se mobilizem rapidamente para não sermos engolidos por uma proposta que acabará decretando o fim do plano, pelo menos como conhecemos hoje", reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e da Apcef/SP, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Cobrada pelos representantes dos trabalhadores no GT, a Caixa informou que vai disponibilizar a base de dados sobre as mensalidades pagas por cada usuário nos últimos três exercícios. Essas informações foram solicitadas pelos representantes dos empregados para analisar os impactos das simulações na contribuição de cada beneficiário, dentro do grupamento familiar.

A próxima reunião do GT está marcada para quinta-feira, 1 de julho.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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