19/03/2021

Depois de cobrança dos empregados, Caixa Econômica Federal amplia Projeto Remoto



Depois da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrarem a ampliação do Projeto Remoto, a Caixa Econômica Federal autorizou, nesta sexta-feira (19), o teletrabalho até o dia 30 de junho.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, lembrou que o anúncio atende a uma reivindicação da categoria, feita na mesa de negociação permanente com o banco público na terça-feira (16) e na reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos, na semana passada. “Estamos vivendo a pior fase da pandemia no Brasil, o país enfrenta o maior colapso sanitário de sua história, já superou a média de 2 mil mortes diárias por Covid-19 nesta semana, nós precisamos proteger os empregados. Por isso, quanto mais pessoas puderem ficar em casa, melhor”, disse a dirigente da Contraf-CUT.

Os empregados do grupo de risco e de prevenção ampliada da Caixa devem permanecer remotamente. Já os demais empregados, cabe a cada Vice-Presidência/Diretoria de vinculação definir o percentual a ser direcionado ao Projeto Remoto Excepcional, observada a especificidade das atividades realizadas pelas unidades vinculadas, assim como a prestação de serviços essenciais à sociedade.

Para Fabiana, falta ainda uma centralidade nesta tomada de decisão. “É errado cada vice-presidência definir um percentual de colegas em home office. Nós entendemos que deve haver uma centralidade na empresa, com a mesma orientação para todos. Quantos mais colegas puderem ficar em casa, é melhor não só para os empregados, como também para a sociedade como um todo.”

"Estamos fazendo o que o governo não faz, que é buscar maneiras de garantir a saúde dos bancários. Realizar o teletrabalho neste momento é preservar vidas, não apenas dos trabalhadores e seus familiares, mas de todos, uma vez que o isolamento social é a melhor forma de conter a propagação do vírus. É preciso que a direção da Caixa tenha verdadeira ciência de que os empregados, sobretudo aqueles pertencentes ao grupo de risco, não poderão voltar a trabalhar enquanto houver ameaças causadas pelo Covid-19. Neste sentido, o Sindicato e as demais entidades de representação da categoria continuarão cobrando regras permanentes enquanto durar a pandemia", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto (Tony).

"Os serviços bancários foram considerados essenciais, e a categoria é uma das que está trabalhando na linha de frente, desde o início da pandemia. Sendo assim, lutamos também para que os bancários, que desenvolvem atividades consideradas essenciais nesta crise sanitária, também sejam incluídos na lista de prioridades, junto com profissionais da Saúde, idosos e pessoas do grupo de risco", acrescentou Tony.

A CEE/Caixa, representando o Sindicato, reitera ainda outras reivindicações feitas em mesa de negociação permanente, como o compartilhamento com a Comissão dos comunicados enviados aos empregados por meios internos; o reforço no cumprimento dos protocolos de saúde e segurança contra a Covid-19; e a retoma do rodízio nas agências. “O rodízio entre os empregados precisa começar já, independente do pagamento do auxílio emergencial. Todos estão exaustos e merecem descanso”, finalizou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS