10/12/2020
Bancários de Catanduva protestam contra demissões e assédio no Mercantil do Brasil
Diretores do Sindicato em protesto contra as demissões nesta quinta-feira (10), em frente à agência Catanduva
(Foto: Seeb Catanduva)
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região realizou, na manhã desta quinta-feira (10), manifestação pública em repúdio às demissões promovidas pelo banco Mercantil do Brasil e em solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19).
Durante a atividade, os dirigentes sindicais distribuíram aos clientes e à população uma carta aberta denunciando a realidade dos funcionários, que sofrem com condições de trabalho precárias e com o assédio moral, em virtude das metas absurdas impostas pelo banco. Também foram afixados cartazes na fachada da agência Catanduva, atraindo a atenção da sociedade para a luta da categoria em defesa do emprego.
“Mostrando o lado perverso da chamada reestruturação de mercado e buscando insistentemente o lucro acima de tudo, dezenas de trabalhadores estão sendo sumariamente demitidos pela ganância e prepotência do banco. No primeiro semestre deste ano, o Mercantil lucrou mais de R$ 74 milhões e retribuiu seus funcionários com uma política de demissões que afeta diretamente não só os trabalhadores, mas também os aposentados e pensionistas do INSS, já que a instituição ganhou a licitação da Previdência Social para efetuar o pagamento dos benefícios. Onde está sua responsabilidade social?, denunciou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.
Como consequência do enxugamento do quadro de funcionários, pelas agências de todo o país formam-se longas filas nos caixas eletrônicos, pois os clientes - em sua maioria idosos - precisam de ajuda para utilizar o autoatendimento.
“Em Catanduva a situação é recorrente. Seguimos cobrando do banco medidas urgentes para que a categoria não seja prejudicada e para que a população tenha um atendimento digno e eficaz, com menos filas e mais segurança. É inaceitável que o banco realize reestruturações em um momento tão delicado, tirando emprego e renda de tantos trabalhadores”, ressaltou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
O Sindicato reforça, ainda, a importância de os bancários denunciarem sempre que se sentirem perseguidos ou constrangidos por superiores. “O trabalhador tem um papel fundamental no processo de combate ao assédio moral, pois somente através da denúncia conseguiremos buscar mecanismos para defesa daqueles que forem afetados por essa prática, que infelizmente ainda é uma realidade que persiste dentro dos bancos”, concluiu Trigo.
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