10/12/2020
Bancários do Mercantil fazem Dia Nacional de Luta contra as demissões nesta quinta-feira (10)
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil decidiu realizar, nesta quinta-feira (10), um Dia Nacional de Lutas em repúdio às demissões realizadas pelo banco e também contra uma série de problemas que afetam funcionários e clientes.
As manifestações vão denunciar o assédio moral, as metas abusivas, a precariedade no atendimento bancário, longas filas nas agências. Será um ato em solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19).
Haverá, ainda, um tuitaço às 11h para denunciar o banco. A hashtag é #QueVergonhaMercantilBrasil . Ajude a divulgar o protesto virtual. Passe a hashtag para seus amigos e familiares.
Na segunda quinzena de novembro, o Mercantil do Brasil demitiu mais de 30 funcionários. Para denunciar essa política de demissões é que a COE decidiu fazer as manifestações. Serão realizados atos nas portas das agências do banco, com distribuição de cartas abertas à população, mensagens em carros de som e mobilizações virtuais.
Na base do Sindicato dos bancários de Catanduva e região, o banco demitiu dois trabalhadores no mês de outubro.
“Temos que expor para a sociedade a conduta desumana destas instituições financeiras, que seguem lucrando bilhões em meio à crise causada pelo novo coronavírus, mas que não se importam em demitir trabalhadores em um momento tão delicado pelo qual o país está passando”, disse o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo, ao lembrar que o lucro do banco atingiu o montante de R$ 74 milhões no primeiro semestre de 2020. "Conclamamos todos a participarem das mobilizações nas redes sociais."
Clientes reclamam
O Mercantil também vem sendo alvo de reclamações de clientes, que acabam sendo afetados pelas demissões. “Os clientes do Mercantil do Brasil, na maioria aposentados e pensionistas do INSS, padecem nas longas filas à espera de atendimento. Esse é o resultado das demissões, pois o atendimento foi precarizado”, ressaltou Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Mercantil. Os clientes do banco também reclamam da venda casada de produtos, o que infringe o Código de Defesa do Consumidor. A COE, representando o Sindicato, já denunciou essa situação junto ao Recursos Humanos do banco, mas até o momento não houve uma resposta convincente.
A comissão também denuncia as pressões sofridas pelos trabalhadores do banco. “Os funcionários que escaparam das demissões, ainda têm que lidar com o assédio moral e com o aumento abusivo de metas, impostos por uma Superintendência comercial draconiana e sem limites. Um absurdo sem precedentes”, criticou o coordenador da COE do Mercantil.
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